Campo Grande (MS) - Os bolachões redondos e com considerável diâmetro se contrapõem aos práticos pen drives e mp3, utilizados nos dias atuais para que os amantes da música apreciem esta arte. Apesar disto, a terceira edição da feira de vinis atrai de jovens a veteranos com coleções de até 25 mil discos. Primeira iniciativa do gênero em Campo Grande, a feira acontece em novo local e espera ampliar ainda mais o público apaixonado por vinis.

Nesta edição, cinco expositores faziam as honras da casa. Entre eles, o comerciante José Carlos de Goes, 52 anos. Acostumado a participar de feiras em São Paulo, de onde veio há quatro anos, ele é um dos que impulsionaram a realização da primeira edição da feira na capital. “No início eram três pessoas e no segundo evento recebemos cerca de 50 consumidores”, afirma.

Conforme o comerciante, o público varia entre jovens de 14 a 25 anos a velhos amantes de discos antigos. “Acredito que os jovens acabaram se aborrecendo com esta facilidade proporcionada pelas tecnologias. O vinil tem todo um ritual ao manusear. Das capas grandes e artísticas até o ato de colocar no toca-disco”, analisa.

Vivendo exclusivamente a venda de discos de vinil, Dora Alves, de 56 anos, afirma que as feiras demoraram a chegar a Campo Grande. “Variedades ainda não é possível comprar por aqui. É preciso ir para São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Mas é bom, por que rola muita troca”, afirma a proprietária de uma coleção de 25 mil discos.

Participam também dessa edição. proprietários de lojas de artigos relacionados, como o Bazar Arco da Velha, Tráfego Vinílico e a loja Subcultura.

Desta vez, além de apreciar os diversos gêneros musicais, o público também pode aproveitar para tomar uns drinks, já que a feira acontece no Bar Democráticos, na esquina das ruas Rio Grande do Sul com a 15 de Novembro, no centro de Campo Grande. O evento ocorrerá todo segundo sábado d