Artes | Com Portal do MS | 04/06/2019 08h04

Alunos expõem ações de combate ao abuso e exploração sexual infantil

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Após um mês de atividades pedagógicas e de conscientização sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em alusão ao Maio Laranja, alunos do Programa Rede Solidária, desenvolvido pelo Governo do Estado, expuseram os trabalhos desenvolvidos a partir das ações nas duas unidades do projeto.

As crianças e adolescentes foram encorajados através da arte de expor o que eles aprenderam com as atividades do Maio Laranja, abordadas através de atividades lúdicas, gincanas, palestras e rodas de conversas. “É a primeira vez que abordamos o tema intensamente dentro do projeto, nosso intuito foi resgatar em nossos alunos, que vivem em situação de vulnerabilidade também quando o assunto é violência, a importância de ser criança, de ter a infância preservada, a consciência de que o corpo é inviolável, que muitos não têm essa referência”, observa Cristina Meza, Diretora da Unidade I do Programa Rede Solidária.

De acordo com Cristina, na Unidade I do projeto localizado no bairro Dom Antonio Barbosa, as crianças produziram desenhos individuais e depois houve uma seleção. “Em cada oficina de fortalecimento de vínculos cada crianças produziu seu desenho, no Dia das Mães houve uma votação e entre os 270 desenhos foram escolhidos 25 para serem ampliados e transformados em uma obra de arte”, conta. Um desses desenhos foi o do aluno Michel Surubi da Silva, de 7 anos. Sua mãe, Gisele Surubi, conta que o menino sempre gostou de desenhar e após a seleção do seu desenho aflorou ainda mais a vontade de ser desenhista. “Em casa ele desenha muito, e agora depois da exposição disse que quer ser desenhista”, relata. Para Michel o desenho representa a defesa do tubarão. “Ele está de boca aberta, cuspindo fogo, porque precisa se defender do barco que está atacando ele”, conta o menino.

“As atividades e desenhos são muito ricos em detalhes e com olhar mais sensível é possível ver como eles entenderam o assunto. Como a violência faz parte do cotidiano da maioria dos nossos alunos trabalhamos com bastante atividades lúdicas, de resgate a infância, as brincadeiras, ensinando que o corpo da criança foi feito para brincar”, explica Elisângela Ferreira, pedagoga da Unidade II do programa no bairro Noroeste.

Segundo Amirtes Carvalho, Coordenadora Pedagógica do Programa Rede Solidária, o próximo passo é consolidar o trabalho desenvolvido através de ações durante todo o ano. “A partir dessas ações foram levantadas várias questões sociais que precisam ser fortalecidas em nossas crianças e adolescentes, para isso já iniciamos parceria junto a Sedhast, através da Superintendência de Assistência Social, para levar até nossas unidades palestras e oficinas para consolidar o trabalho iniciado, para que essas crianças e jovens se sintam capazes de se defender e ter a convicção de seus direitos e deveres como cidadãos de direito”.

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