Você sabia que em Campo Grande, os tuiuiús do aeroporto, o sobá gigante da Feira Central e as araras da Praça União são esculturas feitas pelo artista plástico Cleir? O Monumento das Piraputangas na Praça Central de Bonito, dos Tucunarés em Bataguassu, a escultura da índia terena em Aquidauana, entre outras obras de sua autoria espalhadas pelo Estado, retratam a fauna e flora pantaneiras.

Cleir Ávila Ferreira Júnior nasceu em 8 de dezembro de 1963 em Campo Grande. Autodidata, pinta profissionalmente desde os 18 anos, tendo como influência a corrente artística hiper-realista, que cria imagens tecnicamente semelhantes à fotografia, simulando uma ilusão da realidade.

Apaixonado pelo cerrado, Cleir retrata temas regionais e ecológicos em seu trabalho, principalmente a natureza pantaneira, presente em quase toda sua arte. Ele também tem obras em Corumbá, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Bodoquena, Ladário e em julho do ano passado foi para Arapongas, no Paraná – conhecida como ‘Cidade dos Pássaros’ –, com a missão de trabalhar conjunto de 13 esculturas que retratam os pássaros da fauna local; esse trabalho está em processo de finalização.

O artista plástico conquistou notoriedade a partir de 1994, quando foi convocado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) para pintar grandes painéis nas laterais de prédios da Capital. Em seus 30 anos de carreira, Cleir hoje é um dos grandes nomes das artes plásticas de Mato Grosso do Sul.

No documentário produzido pelo jornalista João Humberto para o programa Fazendo Arte, Cleir conta sobre sua aproximação com as artes plásticas, quando tinha 18 anos; a importância de coletivos culturais na sua trajetória, como o Movimento Guaicuru, idealizado pelo saudoso Henrique Spengler; seu envolvimento com os artistas do Circo Voador, além de curiosidades a respeito de algumas de suas obras.