Documentários do Autocine contam histórias da nossa terra

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Audiovisual | Karina Lima - FCMS | 13/10/2021 10h49

Documentários do Autocine contam histórias da nossa terra

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O público que compareceu ao Autocine da UFMS na noite desta terça-feira, 12 de outubro de 2021, pôde conferir boas histórias da nossa terra contadas por meio do audiovisual. Foram lançados e exibidos os documentários MS em Imagens e Sons produzidos durante o curso ministrado pelo MIS e TVE Cultura – Prêmio Darcy Ribeiro.

O II Curso de Documentário MS em Imagem e Som foi realizado graças ao Prêmio Darcy Ribeiro concedido pelo Instituto Brasileiro de Museu (Ibram) pela ação educativa que foi o “I Curso MS 40 anos em Histórias Cinematográficas” realizado em 2017, uma parceria da Fundação de Cultura, através do Museu da Imagem e do Som, com a TVE Cultura de Mato Grosso do Sul. A coordenação do curso foi de Carlos Diehl e Marineti Pinheiro, e os ministrantes convidados foram: Álvaro Banducci, Fernanda Gurgel, Luiz Henrique Gehlen, Tiago Pedro e Vitor Zan.

Esta segunda edição do curso teve 140 inscritos, informa a coordenadora do Museu da Imagem e do Som, Marinete Pinheiro, e depois de um processo de seleção, foram escolhidos 28 alunos, que participaram de todo o processo. O resultado foram os documentários: “Poty”, “Flores de Bálsamo”, "Troca de Gibis – Uma mania dos anos 60-70”, “Abayomis” e “Invasão Rap”.

O coordenador e professor do curso, Carlos Diehl, que também acompanhou a captação de imagens e a produção, explica que cada grupo de alunos teve um processo diferente de produção do seu documentário. “Na obra ‘Flores de Bálsamo’, como o grupo tinha mais experiência, eles fizeram um trabalho mais por conta, na prática de campo, mas obtiveram auxílio na edição do professor do curso de Audiovisual da UFMS, Vitor Zan. Já no grupo que produziu ‘Invasão Rap’ nós acompanhamos o processo de edição. Nos grupos dos trabalhos ‘Troca de Gibis’ e ‘Abayomis’, eu e a Marinete fizemos os alunos colocarem a mão na massa”.

Como as aulas teóricas foram online por causa da pandemia, os alunos enviavam os arquivos com parte do trabalho feito e os professores viam como estava o resultado e enviavam uma devolutiva. “O processo de produção foi bem mais complicado que na primeira edição do curso, mas a gente conseguiu. Todo documentário é um parto até ficar pronto, mas o resultado ficou muito bom. Estes documentários cumprem uma função social muito importante. A gente resgata a história de Campo Grande pelas próprias pessoas, o que elas acham importante contar”, diz Carlos Diehl.

Um dos participantes do curso, Diogo Espírito Santo, contou que ao produzir “invasão Rap”, a ideia inicial era contar um pouco de sua história, mas a proposta mudou ao longo do processo. “Um curta é algo breve, então já que estou tendo esta experiência de fazer um filme, achei melhor fazer algo simples, por ser minha primeira experiência com audiovisual”.

Diogo, o rapper Amém, disse que a produção do documentário e a participação no curso foi um desafio. “As aulas foram online, foi difícil para nós e para os professores. Eu profissionalmente nunca tinha produzido nada, apenas faço uns vídeos caseiros, mas não desse porte. O que eu trago de importante deste curso é a parceria e a amizade dos meus colegas que ajudaram na produção. Nós fizemos o trabalho num grupo de quatro pessoas, não nos conhecíamos, mas eles acreditaram no projeto. Foi muito legal, isso inspira a gente a continuar mais projetos com a ideia de incluir a periferia a ocupar os locais da cidade”.

Outro participante do curso, o engenheiro, historiador e cinéfilo Celso Higa, produziu com seu grupo o documentário "Troca de Gibis – Uma mania dos anos 60-70”. “No curso, tivemos o primeiro encontro presencial, para conhecer os participantes e montar os grupos, depois foi tudo online. Fizemos as gravações em casa, com os depoimentos, e a colega Thaís Regina Biel, de Rio Verde, fez a montagem. Na edição, entrou a ajuda do Carlos Diehl, as dicas da Marinete para narração”.

Celso explica que “os gibis e o cinema são muito próximos por causa das fotos dos artistas. Uma brincadeira dos anos 1960, 1970 era a troca de gibis, eu fiz uma pesquisa sobre o assunto, e decidi fazer o documentário sobre este tema. Gravamos depoimentos do Kenzo Fujimoto, que foi o maior trocador de gibi da região, e do Moacir Lacerda, do Grupo Acaba, que morava em Aquidauana e conta sua experiência como trocador de gibis nesta cidade”.

Esta foi a primeira experiência na produção de audiovisual do Celso Higa. Ele sempre foi cinéfilo, sempre gostou de cinema, mas trabalhar em um documentário desta forma foi a primeira vez. “Para quem já via o lado crítico, os enquadramentos, você passa a observar como as coisas são feitas. Por isso aproveitei essa oportunidade do curso. Fiquei muito feliz com o que aprendi, com os primeiros passos”.

Antes das exibições dos documentários, foram entregues os certificados a todos os participantes do curso que estavam presentes no Autocine.

Encerrando a programação das atividades em comemoração aos 44 anos de MS, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai exibir uma série de lives, do dia 13 ao dia 15, sobre “Cultura, Gestão e Memória em MS”. A iniciativa será transmitida às 19 horas, pelos canais virtuais da Fundação de Cultura de MS.

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