Audiovisual | Da redação | 27/04/2018 11h09

Episódio de estreia da websérie ‘Campo Grande Na Tela’ fala sobre os primeiros cinemas da Capital

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Cada canto de Campo Grande tem suas peculiaridades e já contribuiu para os mais de 100 anos do cinema da Capital. O projeto “Campo Grande Na Tela”, desenvolvido pela Marruá Arte e Cultura, está produzindo uma websérie de 10 capítulos para revisitar momentos dessa memória audiovisual, fazendo uma ponte entre as produções atuais e a história da sétima arte na cidade.

A websérie traz trechos de entrevistas com diretores, atores e produtores da cidade. O primeiro capítulo foi publicado no YouTube neste domingo (8) e apresenta a região central. Nele conhecemos os primeiros cinemas que surgiram nessa região, como o Cine Brasil, Cine Ideal, Cine Alhambra, entre outros.

A coordenadora do MIS (Museu da Imagem e do Som), Marinete Pinheiro, foi convidada para contar um pouco dessa história. Também há entrevistas de integrantes do corpo docente e estudantes da Escola Municipal Arlindo Lima, que participaram da mostra promovida pelo “Campo Grande Na Tela” nos dias 26 e 27 de março. O cineasta Essi Rafael foi convidado para dizer como é fazer cinema em Campo Grande e o Youtuber Eduardo Cabral nos apresenta seu canal.

O episódio começa mostrando Campo Grande ao espectador: imagens da avenida Afonso Pena, rua 14 de Julho, relógio da rua Calógeras, Parque das Nações Indígenas, Morada dos Baís, entre outros pontos conhecidos da Capital são apresentados. Depois os apresentadores Lucas Herrera e Mariana Nogueira explicam o que é o projeto “Campo Grande Na Tela”, para então partir para as entrevistas com os participantes da primeira mostra no Arlindo Lima. Após este primeiro momento começam as entrevistas de dois importantes cineastas de Mato Grosso do Sul.

Marinete lembra o início das exibições cinematográficas em Campo Grande, que na época ainda era uma cidade bem pequena. “Aconteceu em 1910, na parede do hotel Democrata, onde hoje fica a Igreja Santo Antônio, bem no Centro. Rafael Orrico se hospedou lá, ele tinha um cinematógrafo e coloca um lençol para começar a fazer a projeção”, conta.

Essi Rafael fala sobre o que é o cinema para ele, a falta de representatividade de Campo Grande e Aquidauana nas produções audiovisuais e que por este motivo começou a fazer filmes. Os apresentadores encerram o episódio cumprindo um desafio proposto por Eduardo: refazer a cena final do filme “Ela Veio Me Ver”, feito por Essi.

O segundo capítulo tem como tema a região Segredo e suas particularidades, seus artistas e sua produção audiovisual. “Ele vai revelar a potência criativa da periferia da cidade”, ressalta Belchior Cabral, coordenador do projeto. A previsão é que ele seja veiculado na terceira semana de abril.

Formato

A websérie será veiculada no YouTube, canal escolhido por ter grande apelo junto ao público jovem. “Temos necessidade de provocar uma maior interação com a juventude e de promover um alcance maior da produção audiovisual da cidade. O YouTube é uma plataforma dinâmica, onde os jovens recebem e criam conteúdos diversos que são propagados rapidamente. Buscamos aliar essa dinâmica ao conhecimento”, explica Belchior.

A apresentação é feita pelos estudantes Mariana Nogueira, de 14 anos, e Lucas Herrera, de 16 anos, que foram selecionados em chamada pública. Essa é a primeira experiência de ambos em frente às câmeras. “Está sendo muito legal, as gravações são descontraídas e os ensaios produtivos. Além de ser divertido, aprendo muitas coisas”, pontua Mariana.

Lucas acredita que o projeto irá aproximar os jovens das produções audiovisuais campo-grandenses. “Acho que o ‘Campo Grande Na Tela’ irá mudar a visão que nós jovens temos do cinema feito aqui. É importante conhecermos e valorizarmos estes trabalhos, até porque são ótimas produções. Com certeza alguns jovens irão se inspirar e trilhar o caminho do cinema”, reflete.

Depois de pronto, cada capítulo da websérie será publicado no YouTube. Após o término do projeto, a mesma continuará sendo acessada na web e também poderá ser incluída em programação televisiva, dependendo do impacto que tenha na sua veiculação inicial.

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