Audiovisual | Da redação | 22/05/2018 14h04

Vencedores destacam o estímulo que a MAD dá para a produção audiovisual no MS

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A premiação em dinheiro e a oportunidade de exibição e divulgação de curtas-metragens feitos em Mato Grosso do Sul foram os principais pontos elencados pelos diretores que venceram a Mostra Competitiva da 6ª Mostra Audiovisual de Dourados, realizada pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Das 10 categorias, cinco são específicas para MS (Ficção, Documentário, Experimental/Arte, Trash e Videoclipe) e outras são abertas para a concorrência nacional (Grande Prêmio,Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Voto Popular). No entanto, nesta edição, curtas de MS ganharam os prêmios de Voto Popular, Melhor Fotografia e até o Grande Prêmio MAD, mesmo concorrendo com obras de outros estados, de forma que realizadores de Mato Grosso do Sul conquistaram oito categorias.

A entrega dos troféus ocorreu na cerimônia de domingo (20), no Teatro Municipal e contou com o show do Bando do Velho Jack para encerrar a programação da 6ª MAD, iniciada em 15 de maio e que, além da Mostra Competitiva, contou com a Mostra Infantil, Mostra Direitos e Mostra Nacional.

DIRETORES
Vencedor na categoria Ficção e também na de Melhor Fotografia, o curta Menino Visível foi dirigido por Gabriel PC, da cidade de Naviraí. Na oportunidade, Gabriel PC contou que já teve curta premiado na edição anterior e que, portanto, fez Menino Visível já focado na competição de 2018. “Acho muito legal que seja feita (a MAD) porque tem muitos festivais pelo Brasil, mas poucos com reconhecimento em dinheiro e isso é muito importante”, afirmou. Na MAD, o valor dos prêmios varia de R$ 400 a R$ 3,5 mil, dependendo da categoria e da classificação.

Gabriel tem uma equipe amadora, faz alguns videoclipes, mas gosta mesmo é de cinema e por isso fez questão de falar que seria muito importante que existisse um curso superior na área. “A Mostra também é um estímulo para alguém abrir os olhos e criar uma faculdade de cinema aqui no estado. Mesmo que não fosse algo gigantesco, já incentivaria muito as pessoas, que assim como eu, participam desse festival. Então, além de um incentivo pra nós que produzimos, a MAD também é um incentivo para pessoas de fora valorizarem o cinema local e investirem nele”, disse Gabriel.

Os diretores de Cada um com o seu eu, vencedor na categoria Videoclipe, Fabrício Borges e Tatiana Varela, também já participaram da Mostra e ganharam troféus em anos anteriores. Para eles, a MAD é um marco cultural para Dourados e uma forma de valorização do trabalho. “A gente não faz o curta só pra nós ou para a banda, a gente faz para as pessoas de Dourados, então é importante esse reconhecimento, porque a gente faz pra vocês”, agradeceu Tatiana.

Estudantes da UFGD também se organizaram para concorrer. Os curtas O Jantar Colonial e Parei de Fumar, vencedores em diversas categorias, foram feitos por alunos de Artes Cênicas que criaram o coletivo Rococóth Produções e assim uniram forças para produzir os curtas. Tanto Luis Katarino e Gustavo Carneiro, diretores de O Jantar Colonial, quanto Adriano Paes e Davi Rocha, diretores do Parei de Fumar, estavam entusiasmados com os prêmios conquistados e já estão pensando em fazer outros filmes. Nesse sentido, destacaram a relevância da MAD para a continuidade dos trabalhos, cientes que têm potencial para ir longe.

O envolvimento dos estudantes também foi importante para mobilizar o público. A edição deste ano da Mostra Competitiva foi a que contou com a participação do maior número de pessoas nos últimos seis anos, aproximadamente 400 presentes, grande parte articulada pelos próprios realizadores dos filmes para conferir a MAD. O público também participou intensamente da Mostra Infantil, com cerca de 1,5 mil crianças de diversas escolas de Dourados, e além disso, o Teatro ficou lotado também para assistir ao cineconcerto com a Orquestra UFGD, na abertura do evento.

LISTA DOS VENCEDORES
Prêmio Curta do Mato
1º lugar Ficção: Menino Visível – diretor Gabriel PC (MS)
1º lugar Documentário: Na canoa do Bata – diretor Carlos Velázquez (MS)
1º lugar Experimental/Arte: O jantar colonial – diretores Luis Katarino e Gustavo Carneiro (MS)
1º lugar Trash: Quá quá – diretora Ana Letícia Peixe (MS)
1º lugar Videoclipe: Cada um com o seu eu – diretores Fabrício Borges e Tatiana Varela (MS)

Grande Prêmio MAD: Ava Marangatu – diretor Genito Gomes e Coletivo (MS)
Melhor direção: A retirada para um coração bruto – diretor Marco Antônio Pereira (MG)
Melhor roteiro: Autofagia – diretor Felipe Soares (PE)
Melhor fotografia: Menino Visível – diretor Gabriel PC (MS)
Voto popular: Parei de fumar – diretores Adriano Paes e Davi Rocha (MS)

Outras informações: https://www.madufgd.com/

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