Cerâmica | Da redação | 30/05/2018 10h10

Oficina Onça Pantaneira dá oportunidade de renda e aprendizado

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Foram quase dois meses de aulas marcantes, muitas descobertas e uma nova perspectiva sobre a soma da arte com a geração de renda. Os participantes da oficina gratuita de Cerâmica Onça Pantaneira, ministrada pelo artesão Rodrigo Avalhaes, agora formam um núcleo de produção de esculturas em cerâmica de Bichos do Pantanal e trilham um novo caminho pelo fazer artesanal.

O curso teve início em março e estava inserido na programação de dois grandes eventos da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul: a 11ª Semana do Artesão, desenvolvida pela Gerência de Artesanato e da Mostra Arte: “Substantivo Feminino”, realizada pelo Centro Cultural José Octávio Guizzo.

Tendo como foco a “Onça Pantaneira” (devido à grande demanda do mercado e escassez do produto), as aulas transformaram a produção artesanal em uma possibilidade econômica, com geração real de renda. Os alunos receberam capacitação em todas as áreas de produção de esculturas em cerâmica, desde a modelagem, pintura e a queima dos produtos, inclusive com a montagem do forno.

“O objetivo da oficina era atender uma demanda de mercado. Há uma grande procura das onças pantaneiras e pouco produto. O resultado da oficina foi muito além disso, os produtos já saíram prontos para o mercado e com um número significativo de participantes. A proposta do artesanato, que é a geração de renda através do regaste cultural foi amplamente atendida”, conta Katienka Klain, gerente de Artesanato da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

O curso uniu teoria e prática, apresentando os elementos da tradição regional dos bichos do Pantanal – com foco na “Onça Pantaneira” – e se aprofundando nas técnicas de produção e execução em cerâmica. E claro, esclarecendo questões de mercado e de venda.

“Foi uma das melhores oficinas que participei. Alunos sempre empenhados, não tivemos desistência, pelo contrário, houve uma lista de espera de interessados em aprender um pouco mais das técnicas do segmento, mesmo sendo um curso complexo e longo. Muitos deles já artesãos e alguns iniciantes, todos demostraram muita empolgação no aprendizado, pois além da onça pantaneira, também foi trabalhado diversas fôrmas de outros animais da nossa região. A oficina superou tanto minhas expectativas quanto as dos alunos e ansiamos para que seja o primeiro de muitos cursos”, explica o professor Rodrigo Avalhaes.

Experiente na arte da cerâmica, Rodrigo começou a modelar em argila aos onze anos de idade, seguindo a tradição familiar de artesãos renomados e pioneiros na produção das esculturas em cerâmica que se tornaram símbolo de Mato Grosso do Sul como as “Onças”, vendidas na Casa do Artesão na Capital, no interior e também em diversos estados.

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