Museu da Imagem e do Som homenageia ícone do Blues

O Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campo Grande, fará uma homenagem a um dos maiores ícones do Blues com a exibição de uma série de filmes especiais. A Mostra de Cinema “The Blues – Uma Homenagem a Robert Johnson” começa na segunda-feira (9) e segue até o dia 13 de agosto, sempre às 13h, no Memorial da Cultura e da Cidadania, na Capital. A entrada para as sessões será gratuita. A  programação da mostra reune uma série de filmes impressionistas sobre Blues produzidos e idealizados por Martin Scorsese e dirigidos por nomes de destaque do cinema mundial. Scorsese, Clint Eastwood, Mike Figgis, Charles Burnett, Marc Levin, Richard Pearce e Wim Wenders retratam a sua paixão pelo ritmo através das câmaras e captam a essência musical  do Blues e sua ressonância emocional. As interpretações musicais foram especialmente gravadas para cada filme e se destacam pela maneira como cada produtor explora o blues e a sua influência global. Ao fim de cada sessão será realizado um debate com os músicos e cineastas Jean Albernaz e Rodolfo Ikeda. O objetivo é construir um panorama sobre o universo do Blues e sobre os filmes e diretores apresentados. O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aos negros que viviam no sul dos Estados Unidos e trabalhavam como escravos das plantações de algodão. A música embalava suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. As letras tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. O primeiro nome popular a surgir como músico específico de blues foi o de Charley Patton, em meados da década de 20. Posteriormente, na mesma época, surgiram nomes como de Son House, Willie Brown, Leroy Carr, Bo Carter, Sylvester Weaver, Blind Willie Johnson, Tommy Johnson entre outros. Mas só na década  de 30 surgiu aquele que seria  possivelmente o nome mais importante e influente do blues, Robert Johnson. Conhecido como o maior cantor de blues de todos os tempos, Robert Leroy Johnson  (8 de Maio, 1911 – 16 de Agosto, 1938)  foi um cantor e guitarrista norte-amerciano que modificou o ritmo, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um som regular. Pelo conjunto de sua obra, Johnson ficou em quinto lugar no ranking dos 100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos, produzido pela revista Rolling Stones. Da Redação