Cinema | Jeozadaque | 30/03/2011 10h14

Projeto de Extensão de Cinema da UFGD encerra inscrições nesta quinta-feira

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Os interessados em participar do Projeto de Extensão Cineclube UFGD precisamrealizar a inscrição até esta quinta-feira (31). As sessões serão das 17h às 19h, todos os sábados, de abril a novembro, totalizando 70 horas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas preenchendo a ficha de inscrição que deve ser enviada para o e-mail cineufgd@gmail.com. A programação de 2011 prevê mostras mensais com temáticas específicas, determinadas pelas nacionalidades e assuntos abordados e com a colaboração de um profissional da área para o debate. Mostras sobre o cinema nacional serão realizadas em abril, julho, agosto, novembro e dezembro, enquanto que maio será o mês do cinema francês, junho o do cinema canadense, setembro o do cinema chinês e outubro o do cinema alemão. O Cineclube é uma atividade de extensão que visa, por meio da arte, a criação de um ambiente democrático de discussão sobre diversos temas relevantes a sociedade e a implantação dentro da universidade pública de um local permanente de encontro e diálogo entre comunidade interna e externa que nas sessões de cinema partilham momentos de entretenimento, cultura e reflexão. Para incentivar a interação entre os participantes, os filmes exibidos na sessão de 02 de abril será o mais votados de acordo com o preenchimento da ficha de inscrição. As opções são: “Um Passaporte húngaro” e “Lá e Cá”; “Sábado” e “Viver a vida”; “Por 30 dinheiros”; “Por trás do Pano” e “O Sanduíche”; “O Cineasta da Selva” e “Sangue e Suor: A Saga de Manaus”. As outras sessões têm curadorias específicas. FILMES PARA VOTAÇÃO As escolhas precisam constar na ficha de inscrição do Projeto de Extensão do Cineclube UFGD. “O Cineasta da Selva” e “Sangue e Suor: A Saga de Manaus” O cineasta da selva traz à tona uma figura fundamental do cinema silencioso, o luso-brasileiro Silvino Santos (1886-1970), que realizou os primeiros filmes na Amazônia e cujas imagens são de inestimável valor antropológico, etnográfico e historiográfico. Entre a ficção e o documentário, o filme contém trechos de filmes preservados como No país das amazonas (1922), No rastro do Eldorado (1925) ou Terra portuguesa ? O Minho (1934). Para conhecer mais a região de Silvino Santos, o documentário Sangue e suor ? A saga de Manaus faz uma interpretação sociológica e antropológica da capital do Amazonas, com questões sobre ecologia, marginalização do índio e distorção de culturas. “Por trás do Pano” e “O Sanduíche” Sanduíche e Por Trás do Pano são produções contemporâneas premiadas em diversos festivais Brasil afora, que apresentam o questionamento da arte e denunciam os seus meios de produção por meio da metalinguagem e com uma abordagem humorística. As relações humanas dentro e fora de cena confundem-se em ambos os filmes para, no próximo momento, surpreenderem o espectador. Por 30 dinheiros No interior do Nordeste, uma trupe mambembe encena A Paixão de Cristo. Depois de meses de espetáculo, Zé, que interpreta Cristo, e Lula, no papel de São Pedro, fogem com o dinheiro acumulado da bilheteria. Na viagem da caatinga ao litoral, os dois são perseguidos pelo diretor e pelo resto da trupe. Cenas da peça se confundem com a realidade em momentos de traição, gozação e delírio, um misto de situações tragicômicas e surreais. Misticismo, valores novos e arcaicos revelam, metaforicamente, a região Nordeste em meio à globalização. “Sábado” e “Viver a vida” Uma metrópole em dois filmes e dois dias: Sábado, de Ugo Giorgetti, e Viver a vida, de Tata Amaral, traduzem São Paulo e as crises do começo dos anos 1990. No primeiro, a paixão de Giorgetti pela capital paulista e por sua profissão está impressa em cada fotograma. Num edifício nobre, porém decadente, do centro paulistano, uma equipe de cinema passa o dia filmando um comercial — e a partir daí um desfile de personagens locais muito particulares constrói uma visão crítica e irônica do mundo da publicidade e dos próprios brasileiros. Viver a vida (curta-metragem que já revela o olhar de Tata Amaral para a sociedade) conta o dia de um office-boy: filas, encontros, chefes e muita música. “Um Passaporte húngaro” e “Lá e Cá” Sandra Kogut usa a sua própria busca por um passaporte húngaro para investigar os preconceitos contra imigrantes no Brasil de outrora, cumprir as provas exigidas de quem pretende conquistar uma dupla nacionalidade e revelar o caráter kafkiano da burocracia consular. Exemplo de documentário pessoal que se abre para um panorama de interesse amplo, Passaporte Húngaro conduz o espectador com a delicadeza e a personalidade características da diretora responsável pelo premiado Mutum. Como complemento, Lá e Cá nos brinda com um delicioso passeio, guiado por uma exuberante Regina Casé, pela estética e o espírito do subúrbio carioca. Ali também mora o desejo de ser alguém diferente, de ter um passaporte para outros lugares. Da Redação/Com Midiamax

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