Entrevista | Da Redação/Com Daniel Campos | 10/06/2013 09h28

Kiohara Schwaab

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Kiohara Schwaab

Envolvida nas artes desde pequena, Kiohara Schwaab, 18 anos, tem de berço a inspiração para trabalhar no meu artístico. Kiohara está no Ensaio Geral este mês e nos fala um pouco dela e de sua vida. Veja a entrevista:


Ensaio Geral: Com quantos anos você começou a desenvolver sua aptidão artística?
Kiohara Schawaab: Desde pequena eu sempre estive envolvida, porque minha família sempre teve um lado artístico. Minha mãe mexe com artesanato e meu pai é escritor. Dança do ventre fiz quando era pequena, por volta dos 9 anos mais ou menos. E teatro comecei com 16,não faz tanto tempo. Mas antes disso sempre apresentava na escola peças, fazia declamações de poesia. 

Ensaio Geral: Quais são os meios culturais que você está inserida?
Kiohara Schawaab: Por enquanto só teatro, mas pretendo fazer aulas de dança e também circo.

Ensaio Geral: Como você vê a arte em sua vida?
Kiohara Schawaab: Posso resumi-la como minha própria vida. Porque a arte me representa, ela é o que eu sou. Tenho sentimento de liberdade através dela, sem precisar me preocupar com o que exatamente os outros vão achar, se vão me julgar. E, desde que eu me entendo por gente meu sonho é fazer diferença no mundo, de alguma forma e é com a arte que eu sinto que posso conseguir isso, tocando o coração das pessoas, tirando elas da sua zona de conforto e fazendo-as refletir e isso já é uma grande conquista para mim.


Ensaio Geral: Desde o início você se viu envolvida nesse meio? Se sentiu a vontade?
Kiohara Schawaab: Sim, sempre me senti a vontade. Todas datas comemorativas que reunia a família eu inventava uma encenação diferente para mostrar a eles.

Ensaio Geral: Você é atriz, roteirista, dançarina do ventre, modelo, como consegue equilibrar sua agenda para que possa desenvolver seu trabalho? Um atrapalha o outro ou você consegue desenvolver tranquilamente todos?
Kiohara Schawaab: Por enquanto nenhum atrapalha o outro, porque a quantidade de trabalhos não chega a ser muito. Então dá pra conciliar certinho cada um, sem muitos esforços até.

Ensaio Geral: Na sua opinião, quais são as maiores dificuldades do meio cultural em Mato Grosso do Sul? Público, investimentos, o meio?
Kiohara Schawaab: Acredito que em todos os setores. Mato Grosso do Sul é uma região que está sofrendo mudanças a todo tempo, principalmente Campo Grande que aos poucos está deixando de ser uma cidade provinciana. Aqui os investimentos culturais são baseados mais em editais, o artista apenas consegue viver dos meios culturais se ele estiver engajado nos editais ou se tiver algum apadrinhamento, porque fora isso a dificuldade é grande. O público vem crescendo, vejo que há mais adeptos a irem ao teatro, assistirem alguma apresentação de dança, porém ainda a uma diferença significativa das metrópoles. Nos meios culturais também encontramos dificuldade, porque há muita competição e existe o joguinho de “quem aparece mais”.  


Ensaio Geral: Hoje, você se vê longe desse meio cultural e artístico? 
Kiohara Schawaab: Jamais. Não verdade não fui eu que escolhi a arte, foi a arte que me escolheu. Acredito que a arte está presente em tudo na minha vida, no meu jeito de andar, de falar, de me vestir, de me comportar, na minha forma de pensar e de conduzir as situações. Em todos os lugares eu vejo arte. As pessoas fazem arte a todo momento, mas não percebem. As vezes, um olhar de uma pessoa na rua, pode virar um característica marcante de um personagem nos palcos, um jeito de andar pode virar um passo de dança. Um som pode virar uma nota. Já dizia Leonardo da Vinci: “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. 

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