Entrevista | Da Redação/Com Daniel Campos | 25/04/2013 12h12

O santo forte e poderoso do Santo Chico

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O santo forte e poderoso do Santo Chico

O Santo é forte, poderoso. Nasceu sob sol quente do Nordeste e veio se banhar nas águas de Mato Grosso do Sul. O nome não poderia ser outro e menos brasileiro impossível, Santo Chico. 

A banda tem o seu objetivo: fazer música. Com esse intuito e direcionamento para um futuro próximo, o Ensaio Geral conversou com Begét De Lucena, que nos contou um pouco sobre a história da banda.


Ensaio Geral: Quando começou o Santo Chico? A partir de que momento que o Santo Chico virou realidade?
Begét De Lucena: A idéia inicial de surgir com a banda já existia, conheço o Rafa Taveira (baixista) já há alguns anos, e certa vez conversamos sobre a possibilidade de criarmos uma banda que pudesse servir de plataforma pra gente fazer o que a gente mais gosta, música. Por volta de junho do ano passado ele me ligou cobrando a realização dessa idéia, e desde então começamos na busca pelos outros integrantes. Entre Junho e dezembro do ano passado nós paramos e recomeçamos diversas vezes com o projeto, até firmar os ideais e os integrantes. Virou realidade a partir do pocket (show) que a gente fez no início de janeiro, na primeira edição do Sarobá do ano. Percebemos o envolvimento do público e procuramos reafirmar isso, e consequentemente no show de estréia no último dia 19 (abril), a gente sentiu que tava conseguindo atingir as pessoas com a música, da forma que idealizamos.


E.G.: Qual é a proposta do Santo Chico?
B.L.: O Santo Chico surgiu para fazer música pra todo mundo, Campo Grande é uma capital carente culturalmente, e a nossa idéia é instigar de maneira poética, através da música, o inconsciente coletivo, causar envolvimento, repercussão e sensibilidade, eu particularmente tenho sentido isso nos shows já feitos, quando percebo essa resposta do público fico extasiado, o Santo Chico fica.


E.G.:Quem faz parte do grupo?
B.L: Além de mim, tem o Rafel Taveira, meu amigo e baixista de primeira, perfeccionista, e canaliza de maneira saudável essa virtude pra tornar o resultado do nosso trabalho, melhor. O Luciano Armstrong, o galã da banda (risos). Tem uma facilidade incrível de arranjar com sua guitarra, o Goga Penha, um grande cara, encontramos do nada, falei da idéia com ele e ele abraçou, como tem sido, curto muito o swing da guitarra do Goga, e meus outros parceiros, Vladi Love na bateria, que assim como eu, é cria de sarau e tem uma capacidade incrível de criação instantânea, e o grande Marcelo Nantes, o Marcelão, um cara bastante experiente, musicalmente falando, conhece bastante de estúdio, e trouxe sua percussão pra somar no som do Santo Chico, eu e esses cinco damos forma a o personagem em cima do palco.


E.G.: Quais são os projetos para daqui para frente?
B.G.: Eu tenho meus projetos paralelos, assim como outros dentro do Santo Chico tem, mas inicialmente a nossa idéia é trabalhar em cima da repercussão, causar notoriedade, e alcançar as pessoas através da música. Estamos definindo alguns trabalhos e shows que acontecerão, e nos reuniremos em breve para compor e reafirmar a ideologia da banda


E.G.: Na sua opinião, o Santo Chico agrega algo novo para música e para cultura de MS?
B.L.: A cultura no Estado, em todos os seus meios tem uma certa excentricidade um tanto “arraigada” já. Dois dos integrantes da banda são de fora, eu vim de uma cidade muito pequena do interior do Pernambuco e que também serviu de berço pra nada mais nada menos que o Rei do baião, o Gonzaga, tem o Vladi que trouxe um pouco de sua cultura de Campina Grande, enfim, me orgulho de poder somar com eles e juntos, cada um em sua particularidade com a música podermos mostrar algo novo pra gente de Campo Grande. Toda essa teatralidade que a gente leva pro palco, eu sinto causar um certo envolvimento no público, e que como consumidor de música e cultura aqui na cidade e no estado eu jamais vi isso antes, vindo da galera. Ouso dizer que a gente traz o novo, uma cultura nova, e uma nova forma de se “ver” música.


E.G.: Por que Santo Chico?
B.L.: Eu escrevo desde sempre, adoro criar personagens, e o Santo Chico surgiu inicialmente em 2008, na época eu tinha montado uma primeira banda, outras idéias, mas o mesmo nome. Eu era morador do São Francisco, adorava as tardes bucólicas daquele bairro e brincava com alguns amigos da época que o Santo Chico é um certo personagem poético, desses que nunca existiram, como o Santo Cristo do Renato Russo, a Amélia do Ataulfo Alves, e outros. Quando surgiu esse projeto e consequentemente a dúvida do nome, eu sugeri pros meninos o renascimento, a volta do Santo Chico, e voltou.


E.G.: Para você e para o Santo Chico, o que é arte? O que é música?
B.L.: O meu conceito de arte e música é muito peculiar e particular como eu acho que deva ser com todos, acredito que música é a arte de poder se fazer “ouvir” o inconsciente coletivo, e com o Santo Chico também é assim, fazer valer a emoção particular de cada um, através da música.

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