Destaques | Jeozadaque | 13/02/2012 09h13

Câmara pretende transformar Expogrande em patrimônio cultural

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  Vereadores de Campo Grande planejam transformar a Expogrande, feira com mais de 70 anos, patrimônio cultural imaterial. A discussão deve ganhar força na sessão desta terça-feira na Câmara Municipal. A ideia, na prática, serviria para garantir que o evento seja realizado anualmente. A hipótese surge em meio a nova polêmica, como no ano passado, já que a feira segue sem garantias de que irá ocorrer. A informação foi confirmada pelo vereador Athayde Nery (PPS), presidente da Comissão Permanente da Cultura da Casa de Leis. Ele explica que o evento possui os três requisitos para ser declarado como patrimônio imaterial da cidade. “Tem caráter simbólico, pois reúne as raízes da nossa cultura por meio da pecuária e agricultura em mais de 70 anos. É um evento democrático e tem importante caráter econômico com geração de R$ 200 milhões. É o grande momento de negócios, renda e emprego”, explica. Nery afirma que o evento não deve ser relegado à segunda categoria e que a “Câmara toda está preocupada”. “A Expogrande é maior que o Nelson (prefeito), que o Maia (Francisco Maia, presidente da Acrissul). Tem de acontecer todo ano e em qualquer lugar”, complementou. O parlamentar ainda compara os benefícios da transformação da Estação Ferroviária em patrimônio imaterial. “Se não fosse assim a estação teria sido derrubada há muito tempo”, opinou. O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), diz ser favorável ao consenso sobre a realização da Expogrande. No entanto, criticou o fato da Acrissul não ter promovido as reformas exigidas pelo TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado no ano passado para realização da feira, em saneamento e acústica. “Não vamos encobrir falhas de ninguém. A Acrissul não tomou as providências e deixou para última hora. Mais uma vez a Câmara Municipal vai intervir, mas o problema não é nosso”, criticou. Siufi, no entanto, garantiu que a Câmara vai defender que a Expogrande seja realizada para não prejudicar a população, que ganha com o evento, principalmente, por conta dos shows, mas sem afetar os moradores da região por conta do barulho, principal motivo da polêmica no ano passado. “Vamos encontrar meios politicamente corretos, respeitando a Justiça”, destacou. Do outro lado, o presidente da Acrissul, Francisco Maia, justificou que o TAC assinado no ano passado foi condição para realização da feira. “Assinamos, pois, caso contrário, não haveria feira”. Maia assegurou que a Acrissul tem projetos para reforma desde agosto do ano passado. Segundo ele, as obras de esgotamento e galeria de água fluvial no Parque de Exposições têm maior possibilidade de serem realizadas. No entanto, admitiu que o mesmo não ocorre com a reforma acústica. “Estamos estudando alternativas como direcionamento de caixas de som e utilização de abafadores. Economicamente precisamos de tempo”, explicou. Da Redação/Com Campo Grande News

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