Destaques | O Povo Online | 21/07/2020 09h21

Cinemateca Brasileira sofre abandono e tem existência ameaçada

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Equipamento que preserva o acervo audiovisual do País e realiza projetos na área, a Cinemateca Brasileira tem sido um "campo de batalha" do Governo Federal na área da cultura. O local, cuja gestão foi prometida a Regina Duarte na sua renúncia à Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, está sem financiamento e pode ser levada para Brasília.

Em 2020, a Cinemateca não recebeu nenhuma parcela do orçamento destinado à instituição. O local sofre problemas estruturais, tendo sido foco de incêndios nos últimos anos e de uma enchente em fevereiro de 2020. Profissionais da área chegaram a elaborar um abaixo-assinado com o título "Cinemateca Pede Socorro", denunciando o descaso com o equipamento.

Os salários de trabalhadores do local estão atrasados desde abril, e a instituição corre risco de ter o fornecimento de energia cortado por falta de pagamento. Além da verba de 2020, que ainda não foi repassada, o governo deve R$ 11 milhões à Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), que administra a Cinemateca, referentes aos custos de manutenção de 2019.

Em junho, Mário Frias, atual secretário da Cultura, e Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, participaram de reunião com a Acerp. O resultado da reunião não foi divulgado. Em maio, o governo havia enviado à Associação proposta de rescisão do contrato e fechamento do local, o que causaria a demissão de cerca de 150 funcionários. A proposta foi rejeitada pela Acerp.

Apesar de a gestão da entidade ter sido prometida a Regina Duarte para que pudesse trabalhar mais próxima à família, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) agora estuda levar a Cinemateca para Brasília. Segundo o jornalista Robson Bonin, da revista Veja, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi escolhido para estudar locações que possam receber o equipamento.

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