Feira | Com MPMS | 09/05/2019 14h14

MPMS realiza 10ª Feira do Artesão Livre – Edição de Dia das Mães

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A 10ª Feira do Artesão Livre - Edição do Dia das Mães teve início nesta quarta-feira (8/5) e segue até sexta-feira (10/5) no Fórum de Campo Grande. A exposição reuniu trabalhos artesanais autorais de detentos do regime fechado, aberto e semiaberto, feminino e masculino, da Capital e interior, com o objetivo de divulgar as peças artísticas produzidas pelos internos. Além da atividade colaborar para a humanização da pena e na recuperação para o convívio social, toda a renda é revertida ao custodiado e família.

Promovida pela parceria entre Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pela 50ª Promotoria de Justiça, Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário, Ministério Público de Mato Grosso do Sul e Conselho da Comunidade de Campo Grande, a exposição traz novidades nesta nova edição.

“A 10ª Edição é especial do Dia das Mães, preparada com muitos produtos, com esmero, com carinho para presentear não somente as mães, mas as amigas, os amigos também, que são produtos variados. A grande novidade foi o engajamento em tornar público um concurso para a escolha de uma logomarca onde todos os internos poderiam participar. Tivemos a inscrição de 48 trabalhos e através de um corpo de jurados de seis pessoas foi eleita essa logo que a gente está utilizando na Feira do Artesão Livre. Nós temos vários tipos de artesanato, caixas de MDF, crochê, bonecas, bolsas variadas, tapetes, caixinhas, caixas de bebês, telas, barcos, etc”, explica a promotora de Justiça Renata Goya Marinho, Titular da 52ª Promotoria de Justiça.

Durante a solenidade de abertura da feira, a Promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin, titular da 50ª Promotoria de Justiça que deu engajamento ao projeto, agradeceu a colaboração de todas as pessoas que participam da ação, bem como destacou a importância para a sociedade. “Eu vim agradecer a oportunidade de estar aqui com vocês, de testemunhar um projeto que começou uma sementinha há cinco anos e que foi crescendo. Tudo isso porque tem o envolvimento de muita gente boa, bem-intencionada, trabalhadora, que não se conforma, que quer fazer algo a mais pelo próximo, de amor ao próximo. Quando as ações proporcionam uma nova chance, o nosso trabalho terá valido a pena”, diz emocionada.

Durante a exposição, duas internas deram o depoimento de como a Feira do Artesão Livre contribuiu para as suas vidas. Emocionadas, elas contaram que as pessoas só conseguem mudar quando conseguem meios para isso e que o projeto contribuiu para

a própria dignificação. A partir dele, as pessoas sentem orgulho do trabalho que realizam, além de poder ajudar a família. “A gente é bem malvisto na sociedade porque somos presidiários e ex-presidiários, só que a gente quer mostrar que a gente errou, estamos pagando e queremos mudar de vida. Se ninguém der oportunidade para nós, nós não podemos mudar”, explica F.A..

A promotora de Justiça Regina Dörnte Broch, titular da 23ª Promotoria de Justiça, também depôs durante o evento: “Foi muito emocionante, representando o Conselho da Comunidade, naquele momento eu estava carregando o sonho de centenas de pessoas que passam pela infelicidade de cumprirem pena no nosso sistema prisional, que nós sabemos o quanto é difícil. Quando nós alcançamos o nosso sonho com o coração, o resto chega”.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, também esteve presente na inauguração da 10ª Edição da Feira do Artesão. Para ele, o projeto deseja aproximar a sociedade e as atividades desenvolvidas nos presídios do Estado, além de incentivar os reeducandos. Também disse ter orgulho de fazer parte da iniciativa e parabenizou a atuação das instituições parceiras.

Feira do Artesão Livre

O evento é um projeto desenvolvido há muitos anos na Capital. A iniciativa partiu da 50ª Promotoria de Justiça com a Promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin. Em todas as edições, a organização procura proporcionar novidades para chamar a atenção e fomentar o envolvimento dos participantes.

O concurso para a logomarca teve o intuito de criar um símbolo que representasse o significado da feira e fazer com que os internos participassem do processo de elaboração. A comissão analisou três critérios: relação com o tema do evento; clareza da comunicação e criatividade. Foram premiados com certificado de participação os autores das artes que ocuparam os três primeiros lugares na classificação. O vencedor ainda recebeu um brinde.

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