Festival | Da redação | 05/10/2017 09h55

Festivais de cultura e dança valorizam as belezas e histórias de Mato Grosso do Sul

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O público que chega ao teatro Glauce Rocha logo se depara com telas, desenhos produzidos nas mais diversas técnicas, esculturas e modelagens. Os trabalhos são resultado dos projetos de arte desenvolvidos nas escolas e Ceinfs da Rede Municipal de Educação (Reme) ao longo do ano e fazem parte da 10ª edição do Festival de Arte e Cultura (FEAC) e do 14º Festival de Dança da Reme.

A abertura dos eventos aconteceu na tarde desta quarta-feira (4) e contou com a presença do prefeito Marquinhos Trad, que elogiou a iniciativa da Divisão de Arte e Cultura (Deac) da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

“Tudo que é estimulo na área artística deve ser incentivado. Quem ganha não é apenas o público, mas o próprio aluno, que aprende brincando sobre todos os conteúdos. É uma viagem na busca do conhecimento que eles realizam se divertindo”, disse Marquinhos.

E é justamente essa a proposta dos projetos desenvolvidos em 84 escolas e 12 Ceinfs da Reme. Números que devem aumentar a partir do próximo ano, segundo o chefe da Deac, Marco Antônio Lopes. “Vamos ampliar esse atendimento também nos Ceinfs, já que este ano, pela primeira vez, eles receberam esses projetos e o resultado foi muito gratificante”, afirmou.

O grande diferencial dos projetos de arte desenvolvidos na Reme é que os professores trabalham os conteúdos, interligando diversas disciplinas. Um exemplo aconteceu na escola “Dr. Eduardo Olímpio Machado”, que convidou o artista plástico Apris Gomes Neto, que tem um trabalho focado na reprodução de ipês, um dos símbolos de Campo Grande.

Para ele, trabalhar com os alunos dos 8º anos da escola, foi gratificante. “Poder proporcionar a eles uma oficina que incentiva a revelação de talentos foi ótimo. Mostramos que todas as pessoas podem desenvolver seu lado artístico”, ressaltou.

A professora de artes, Maria Margarete Escobar, lembrou que, tão importante quanto incentivar o conhecimento artístico, é divulgar os artistas regionais, criando uma interação com os alunos. “Temos muitos profissionais que atuam no cenário cultural e são desconhecidos. É fundamental esse contato com as crianças”, pontuou.

Saída do Ensino Fundamental ano passado, a ex-aluna da Reme, Larissa Aparecida de Medeiros, foi convidada a se apresentar com o grupo de dança da escola “José Mauro Messias – Poeta das Moreninhas”, tamanha é a paixão que ela cultivou pela dança enquanto era aluna da escola. “É muito importante oferecer essas aulas porque as crianças, ao invés de ficar na rua, estão aprendendo algo útil, que vai fazer bem a elas”, destacou.

A mesma opinião compartilha o aluno Ariel Dantas, da escola “Adair de Oliveira”, que participou de um projeto que trabalhou o folclore do estado e as lendas regionais. O resultado foi a produção de figuras em papel machê e diversos tipos de materiais como fitas e papéis variados. “Além de conhecer mais sobre a história de Campo Grande, aprendi muitas técnicas artísticas que quero continuar desenvolvendo. Esses projetos são um incentivo para nós”, afirmou.

A secretária-adjunta de Educação, Elza Fernandes, destacou o empenho dos profissionais que trabalham os projetos nas escolas. “Sabemos da dedicação de todos para mostrar esse resultado nos festivais. Graças a esse profissionalismo nossos alunos têm a oportunidade de desenvolver seus talentos”, afirmou.

As apresentações acontecem até sexta-feira (6), nos períodos matutino, vespertino e noturno, com a participação de mais de 1.204 alunos de 58 escolas e cinco Centros de Educação Infantil.

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