Festival América do Sul | Da redação | 16/11/2016 13h25

Em tom de despedida do Festival, orquestra emociona público

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No último dia do 13º Festival América do Sul, a música clássica com sua linguagem universal tocou a alma do público que foi assistir a Orquestra de Cordas de San José de Chiquitos da Bolívia que, pela primeira vez, se apresenta no Brasil. O evento aconteceu na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora na manhã desta segunda-feira (14/11).

O som leve e afinado dos violoncelos e violinos agradou os ouvidos mais exigentes. A orquestra tocou vários clássicos, entre eles, Primavera Portenã, Simple Symphony de Benjamim Britten, Passacaglia, Maracamateo, e também típicas do país vizinho como a Melodia Tradicional da Bolívia. A orquestra também explora um repertório dos jesuítas espanhóis que foi encontrado nos anos 90.

As crianças e jovens de 9 a 18 anos encantaram quem foi prestigiar. A Orquestra é fruto de um projeto social realizado na Bolívia com pessoas carentes. Uma das fundadoras, a professora de dança Marta Rodrigues Aliaga, disse que a ideia surgiu ao constatar o talento musical que o povo boliviano tem, “e também para ocupar o tempo ociosos dessas crianças e jovens, ao mesmo tempo em que a música pode ser um meio de vida quando se tornarem adultos”, ressalta Aliaga.

Crianças do projeto Moinho Cultural de Corumbá também foram prestigiar. A violonista Clara Santos de 13 anos ficou impressionada com a qualidade musical da orquestra, “é muito legal ver que estes jovens tiveram oportunidade, eles tocam muito bem, devem ter estudado muito para atingir o objetivo deles”.

O violoncelista da orquestra, Guilhermo Gapobianco Valverde de 16 anos, falou de como foi tocar no Festival, “é uma experiência muito bonita, vejo que Corumbá é muito charmosa e com muita história. É muito emocionante tocar aqui”.

Dona Desiree Cipriano Rabelo veio de Vila Velha (ES) a trabalho em Corumbá, mas reservou um tempo para poder assistir a orquestra. “Foi um dos momentos mais emocionantes do Festival. Já tinha ouvido falar deles, mas nunca tinha tido a oportunidade de vê-los pessoalmente”, diz Valverde. Opinião também compartilhada pela presidente da Fundação de Cultura, Andréa Freire. “Com maestro e músicos tão jovens e com esta riqueza musical e essa troca cultural, isso que a música faz é a essência do Festival que nos faz perceber que somos um só povo!”

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