Geral | Da redação | 27/07/2018 11h24

Campo Grande foi tomada por risos, alegria e diversão na Pantalhaços

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Risos, gargalhadas, interação com artistas, oficinas e diversos espetáculos aconteceram na cidade entre os dias 19 e 25 durante a Pantalhaços - Mostra de Palhaços do Pantanal em Campo Grande. O evento foi realizado pelo Circo do Mato em parceria com a Flor e Espinho Teatro e contou com recurso do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais).

Diversos lugares da cidade receberam os espetáculos. Comunidade Tia Eva, José Abrão, Rita Vieira, Orla Morena, Vila Piratininga, Teatro Prosa, Teatral Grupo de Risco e o Circo do Mato fizeram parte da programação, que teve grande público durante todo o evento.

A mostra já começou levando espetáculo para longe da região central. O primeiro palhaço a se apresentar foi Purunga (SP), no salão social da comunidade Tia Eva, com Pequenas Coisas Espetaculares. À noite aconteceu a Palhasseata, que percorreu uma parte do calçadão da Orla Morena com diversos palhaços e terminou no Teatro de Arena da Orla, onde teve o espetáculo Bom Apetite, do palhaço espanhol Pepe Nuñez.

Só neste primeiro dia mais de 1000 pessoas acompanharam o festival. "É muito bom ver tanta gente por aqui, a arte é isso, tem que estar onde as pessoas estão, atingir gente que nem sempre tem a oportunidade de ir até um teatro ver um espetáculo", reflete Pepe.

O segundo dia começou com a oficina Iniciação à Arte do Palhaço, com Pepe, que teve duração de três dias. À tarde foi a vez das crianças do José Abrão receberem o espetáculo 100 Virtuose 2.0, do palhaço Challito (MS) no Ceinf Cordeirinho de Jesus. De noite a programação contou com espetáculo de circo tradicional com o Top Circo, que atua há mais de 40 anos em MS.

"Com um festival deste tamanho podemos levar arte a crianças e adolescentes e mostrá-los que eles também podem fazer arte, que eles podem se comunicar através da palhaçaria ou outra vertente artística. É muito importante que eles tenham acesso à cultura", afirma Charlles Souza, que interpreta Challito.

No sábado (21) foi da vez da Cia Aplausos (MS) apresentar Mulheres Sapiens Erectus e a Orla receber durante a noite o espetáculo H2OBOOM, do palhaço uruguaio Mauro Cosenza.

Nem o frio que fez durante a noite esfriou os ânimos do público que compareceu em peso para ver Cosenza. "Faço um espetáculo que utilizo água, me molho e molho até um pouco a plateia. Achei que com o frio não ia aparecer tanta gente, mas fiquei feliz quando vi a arquibancada cheia", frisou o artista.

Domingo (22) teve apresentação do palhaço Dentinho (MS) e à noite mais uma vez a Orla Morena lotou para verem uma aula espetáculo emocionante do palhaço Biribinha (AL) e o Cabaré dos Palhaços, onde diversos palhaços apresentaram seus números durante quase duas horas. A direção foi de João Artigos, do Rio de Janeiro.

Segunda-feira (23) teve um debate sobre palhaçaria feminina, o espetáculo Magia, do palhaço Biribinha no Rita Vieira e de noite foi a vez do palhaço Chacovachi (Argentina) se apresentar com Cuidado!! Um Payaso Malo Puede Arruinar Tu Vida, na Orla Morena. "Este intercâmbio é muito interessante. A troca de conhecimentos se dá com quem vem e com quem está aqui", pontuou Chacovachi.

Ele abriu a programação do penúltimo dia com a oficina Manual e Guia Del Payaso de Rua, que durou dois dias. A Orla Morena se encheu para ver o último espetáculo que aconteceu por lá. Autômato Programado Para Divertir, de Dona Zefinha (CE) fez sucesso entre o público com uma música que ficou na cabeça de muita gente. De noite foi a vez de Clara Lopez (Equador) se apresentar com A Dança Apocaliptica no Teatro Prosa.

Na tarde de quarta-feira (25), último dia da mostra, aconteceu a roda de conversa sobre Palhaços em Tempos de Crise, com Chacovachi e João Artigos, que também fechou a mostra com o espetáculo "Cabeça de Nego", no Teatro Prosa. "Foi uma mostra muito legal, importante para descentralizar e para todos verem que também há gente fazendo algo fora das grandes cidades do país", ressaltou Artigos.

Para a funcionária pública Maria Clara Rodrigues, que levou a filha Flávia, de 5 anos, em vários espetáculos da mostra, o festival cumpriu seu papel. "Vi pelo menos quatro espetáculos com ela e nós duas rimos e nos divertimos muito. Campo Grande precisa de mais eventos como este. A Pantalhaços vai deixar saudades em nós duas", afirma.

Anderson Lima, coordenador da Flor e Espinho Teatro e um dos organizadores da Pantalhaços também achou que o resultado foi positivo. "A mostra superou o que a gente esperava de público, a gente viu que arte na rua é o que as pessoas querem, as pessoas vão. As praças precisam dessa alegria, alegria reflexiva que o evento trouxe. As pessoas se juntaram, família, jovens que frequentam este lugar, foi uma resposta positiva", finalizou.

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