Geral | Aline Lira | 05/07/2022 10h56

Festival Sarau Cidadania no Parque leva diversidade para Capital

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Música, dança, artes visuais, literatura, cinema, moda, artesanato e gastronomia se convergiram na primeira edição do festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque, que aconteceu neste domingo (3), no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, entre 16h e 21h. O público pôde conferir inúmeras apresentações e se encantar com a arte produzida em Mato Grosso do Sul.

A primeira apresentação já chamou a atenção do público: a banda da ONG Maná do Céu, junto ao coral de crianças e adolescentes Vozes da Periferia cativou a plateia cantando músicas do pop brasileiro. Depois, todos dançaram com o samba de Fernandinho Duarte. Com uma apresentação colada na outra, foi a vez de Tatiana de Conta interagir com as pessoas com sua contação de histórias.

“Estou gostando muito de estar aqui, tem muita diversidade, muita arte e cultura para conhecer, estilos e vertentes diferentes, acho que é algo que deve ter continuidade, já que a cidade só tem a ganhar com isso”, afirmou Maria Clara Rodrigues, que estava dando uma volta com o marido e os dois filhos pelo parque, quando viram o sarau e decidiram conhecer o evento.

E como forma de contemplar artistas de outras cidades, o palco contou com apresentação da cantora Márcia Cordeiro, que veio de Bonito para fazer show no festival. “É muito bom retornar com eventos desse porte, é um prazer imenso estar aqui com as pessoas, ver que estão com sede de fome e arte e que podemos saciar um pouco disso aqui”, refletiu a artista.

No palco ainda teve apresentação de dança cigana, com Ana Paes, mais conhecida como “Ciganinha”, grupo Memória de Capoeira, dança folclórica com o grupo Camalote, show dos músicos Jerry Espíndola e Chicão Castro, apresentação de dança com a dançarina Rachel, desfile de moda indígena com roupas e acessórios do designer Sulyvan Terena, da aldeia Água Bonita, de Aquidauana e por fim show do Projeto Kzulo, que fez todo mundo dançar no final do evento.

“É gratificante participar de eventos como este, pois assim nossa arte não fica somente dentro da aldeia, podemos mostrar ela para as pessoas brancas e quem mais passar por aqui”, pontuou Sulyvan, que começou a fazer artesanato com 8 anos de idade, em sua aldeia e atualmente faz roupas, bolsas, capas para celular, entre outros acessórios utilizando sementes.

Outro show que impactou o público presente, foi o da cantora Rosemary. Ela, que é deficiente visual, mostrou toda sua potência vocal cantando músicas do sertanejo à MPB. “Comecei a cantar com 14 anos, após perder a visão. Não sabia que tinha esse talento e quando descobri resolvi compartilhar com as pessoas. Andava desanimada, porque estava difícil se apresentar e quando vi sobre este evento me interessei imediatamente, pois assim pude cantar para as pessoas novamente”, conta.

Todo domingo do mês de julho haverá edição do Sarau Cidadania e Cultura no Parque, no redondo do Parque das Nações Indígenas. A partir do mês de agosto o evento começa a circular por outros parques públicos da Capital. “Essa primeira edição foi maravilhosa, teve muita adesão do público, mistura de linguagens, as pessoas atenderam o chamado da cultura e cidade”, finaliza o secretário de cultura e cidadania Eduardo Romero.

O festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque ainda contou com stand de literatura do Coletivo Tarja Preta, cinema com CineCafé, exposição de obras de arte organizada por Wenceslau Oliveira, espaço de brincadeiras com ateliê Ramona Rodrigues e diversas outras atrações. A próxima edição acontece no dia 10 de julho, a partir das 16 horas no Parque das Nações Indígenas.

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