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Geral | Com Sesc Tv | 29/06/2022 13h11

Sesc Digital lança websérie "Sem Título - Conversas no Acervo Sesc de Arte"

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Realizada pelo SescTV e produzida especialmente para o meio digital, a série “Sem Título - Conversas no Acervo Sesc de Arte” apresenta ao público, a partir de 5 de julho, uma parte do acervo da instituição por meio dos olhares de diferentes convidados.

Dirigida por Thais Guisasola e produzida pelas Saliva Shots e Claraluz Filmes, a série traz dez episódios temáticos que partem sempre de uma mesma pergunta: o que essa obra te inspira? Para respondê-la, 20 personalidades de diferentes áreas foram convidadas a passear pelas unidades do Sesc em São Paulo, a fim de conhecer obras do Acervo Sesc de Arte e trocar entre si e com o público os seus repertórios pessoais e experiências múltiplas acerca de temas correlacionados com suas vivências, em conversas livres.

Segundo Thais Guisasola, “a proposta de ‘Sem Título’ é oferecer novas narrativas para nosso imaginário, permitindo ao espectador observar e interpretar obras de arte de forma espontânea, guiado pelas histórias e indagações de cada convidado. É um convite para reconhecermos nas obras, fragmentos das nossas memórias e refletirmos sobre a potência da arte em cada um de nós.”

No primeiro episódio, Fabulações e Cosmologias, Katú Mirim, rapper e ativista indígena, e a escritora Kiusam de Oliveira evocam memórias profundas diante das patas esculpidas de um cavalo - e somente as patas - na escadaria do Sesc Belenzinho.

O compositor e multiartista Antônio Nóbrega e o dançarino Edu O. encontram-se em Movimento e relacionam as obras com suas memórias afetivas. A partir da perspectiva de um dançarino cadeirante, Edu aborda as percepções lúdicas do que é a mobilidade e novas percepções na dança, enquanto Antônio questiona os significados da energia cinética presente na obra e em seu entorno.

No episódio Resistências, o terceiro da série, a artista, produtora cultural e ativista Preta Ferreira e o pastor, escritor, ator e ativista Henrique Vieira discutem o “poder da arte”, questões como silenciamento e resistência cultural.

Em um debate emocionante no episódio Alimento, João Gordo, músico e apresentador vegano, e a chef de cozinha Irina Cordeiro opinam sobre a relação entre arte, comida, e até mesmo sobre a fome e os reflexos da desigualdade social no país.

A seguir, o cineasta Beto Brant e a diretora de teatro Bia Lessa debatem sobre suas percepções de obras iluminadas, deslumbramento em cima de suas experiências de vida, passando pela desconstrução e até mesmo pela acessibilidade à arte, no episódio Luz.

Na sequência, no episódio Música, o cantor, compositor, instrumentista e ator André Abujamra e a artista multimídia Jup do Bairro falam sobre suas perspectivas das obras, ligadas às suas próprias manifestações estéticas, sonoras e percepções artísticas.

O jornalista Juca Kfouri e a atleta profissional de voleibol e ativista LGBTQIA+ Tifanny Abreu discorrem sobre os desafios e superações no esporte, em Futebol. O episódio é um retrato saudoso e real de questões coletivas que atravessam suas vidas e jornadas.

No capítulo Palavra, a filósofa, poeta e ativista cultural Maria Vilani e a comunicadora e apresentadora Sarah Oliveira mensuram o poder das linguagens, da cultura popular, da construção de ideias e até mesmo da formação básica educacional infantil, baseada no poder de transformação das palavras.

O penúltimo episódio, Identidade e Ancestralidade, apresenta o diálogo entre o escritor e professor indígena Daniel Munduruku, e Dona Jacira, detentora de saberes ancestrais, para falar sobre suas origens e herança geracional.

Para encerrar a série, Corpos Possíveis, Aretha Sadick, atriz, artista visual e ativista LGBTQIA+, e Leandrinha Du Art, comunicadora e ativista PCD e LGBTQIA+, abordam o corpo como território e ponto de partida da arte, e a percepção coletiva de corpos pouco aceitos socialmente, invisibilidade e privilégios.

Buscando romper com os formatos tradicionais de discussão de obras de arte, foram convidadas pessoas cuja atuação profissional não fosse a das artes visuais. A partir do olhar generoso de convidados de tantas áreas diferentes, 'Sem Título' convida o público a (re)visitar as unidades do Sesc em São Paulo com essa mesma liberdade de fruição, encontrando obras de arte na paisagem de formas outras, talvez inéditas mesmo ao frequentador mais assíduo de uma unidade.

“Sem título - Conversas no Acervo Sesc de Arte” sugere ainda diferentes formas de contato com as obras: a fruição pode acontecer de maneira presencial, no ambiente físico das unidades, também por meio das imagens das obras disponibilizadas na Galeria Virtual do Acervo no Sesc Digital.

Atualmente o Acervo Sesc de Arte conta com mais de duas mil e seiscentas obras. Cerca de 95% delas ficam expostas permanentemente em todas as unidades do Sesc São Paulo. Para a série de vídeos foram selecionadas vinte obras que fossem disparadoras das temáticas dos episódios, com a premissa de que os objetos artísticos podem ativar lembranças, lutas, posicionamentos e visões de mundo. Elas evidenciam nossos repertórios de vida e, justamente por isso, não existe certo ou errado quando se observa uma produção artística.

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