Manchete | Jeozadaque | 23/04/2012 12h18

Morada dos Baís recebe lançamento do livro “Lídia Baís nesta segunda-feira

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Alda Maria Quadros do Couto lança o livro “Lídia Baís- uma pintora nos territórios do assombro”, nesta terça-feira (24), às 19h, na Morada dos Baís. Este evento é uma realização da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Fundac, Fundação Municipal de Cultura. A Apresentação do livro é do artista plástico Humberto Espíndola e a Cronologia, vida e obra da pintora, tem levantamento inicial da jornalista Márcia Meggiolaro. Este lançamento é uma ótima oportunidade para quem deseja conhecer um pouco mais sobre as artes plásticas do Centro-Oeste, e sobre a vida de uma grande artista brasileira. Lídia Baís (Campo Grande/MS - 1900 - 1985), dona de uma personalidade marcante, foi pintora e desenhista. Morou, aos 26 anos, no Rio de Janeiro para estudar pintura com o mestre Henrique Bernadelli. Depois de uma temporada na Europa, Lídia entrou em contato com o surrealismo e foi amiga do pintor Ismael Nery. Em 1950, fundou o Museu Baís em Campo Grande, que não chegou a ser aberto ao público, e ingressou na Ordem Terceira de São Francisco de Assis, adotando o nome de Irmã Trindade. A partir daí, passou a dedicar-se exclusivamente aos estudos religiosos e filosóficos. Por volta de 1960 publicou, sob o nome fictício de Maria Tereza Trindade, o livro História de T. Lídia Baís. O objetivo do trabalho de Alda Couto é apresentar a pintora Lídia Baís e sua obra sob o foco da religiosidade que compartilhou com Murilo Mendes e Ismael Nery. O enfoque aproxima-se dos estudos literários, na medida em que a autora parte de questões da história da literatura brasileira em suas conexões com as artes visuais, como é o caso do exercício crítico de Murilo Mendes, da produção literária e pictórica de Ismael Nery e Jorge de Lima, além da querela modernismo-catolicismo, envolvendo Mário de Andrade e o movimento de 1922. Os estudos a respeito da vida e da obra de Lídia Baís reafirmam seu caráter precursor quanto às artes visuais na região, quanto à luta feminista pela valorização da mulher e aos traços alegóricos e surrealistas de sua pintura. Segundo a autora, “se cada um de nós, brasileiros, tivesse apenas parte da determinação e da persistência com que esta pintora singular se dedicou a construir sua vida artística, seríamos, com certeza, um povo e um país muito melhores.” Sobre a autora: Alda Maria Quadros do Couto, natural de Bagé – RS, 1951, é professora aposentadada Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS. Especialista em Teoria e Crítica da Arte Contemporânea, pela UFRGS, desenvolveu estudos sobre pintura, teatro, música e cinema. Alda também é mestre em Teoria Literária, pela PUC-RS, com análise sobre o mito do gaúcho nas obras de Alcides Maia e J.S Lopes Neto. Obteve o título de doutora em Teoria Literária, pela UNICAMP, estudando o diálogo entre Murilo Mendes e Lídia Baís – literatura, pintura e religião, o que resultou na publicação deste livro. Da Redação/Com CG Notícias

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