Literatura | Eduardo Vilela | 07/02/2021 11h06
Vendas on-line de livros aumentam durante a pandemia
Desde que a pandemia do Covid-19 se tornou uma realidade, foi possível observar uma mudança nos hábitos na sociedade. Com a necessidade de se manter em casa e a busca por entretenimento, o crescimento da venda on-line de livros cresceu consideravelmente. É o que aponta a Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce.
De acordo com a pesquisa, em 2020, foram 14,2 milhões de compras on-line na categoria, valor 44% em relação ao ano anterior. Considerando apenas o 2º trimestre, o crescimento foi de 52%. Apesar do crescimento nos pedidos, o faturamento teve uma pequena alta: 4,4%. Totalizando R$2,1 bilhões. Essa pequena alta ocorre, pois houve uma queda no ticket médio gasto nas compras, passando de R$203,38 para R$147,23, o que representando 28% de queda.
Segundo Eduardo Villela, profissional com mais de 16 anos de experiência no mercado editorial, esse crescimento no número de compras on-line de livros se deve a uma mudança no comportamento dos leitores. "O leitor que não estava acostumado a fazer compras on-line, passou a se sentir muito mais seguro com essa modalidade. Outro fator é o tempo que a pessoa economiza comprando pela internet. A ida às livrarias passou a ser muito mais um passeio do que uma necessidade para adquirir livros." Explica o especialista.
Além do crescimento em vendas, a pesquisa também traçou o perfil dos consumidores de livros no Brasil. Dos pedidos de livros, 59% foram realizados pelo público feminino. A faixa etária que mais comprou foram os adultos que estão entre 36 e 50 anos, representando 37% do volume de vendas. A seguir, estão os leitores de 26 a 35 anos e os acima de 51 anos, aparecendo com 36% e 16%, respectivamente. Por fim, os jovens de até 25 anos foram responsáveis por 15% do números de vendas de livros on-line no Brasil.
Esses números representam um otimismo no setor, mas ainda estão muito longe daqueles apresentados em outros países. Por exemplo, no Reino Unido, o crescimento de vendas on-line no 1º trimestre ultrapassou os 400% em relação ao mesmo período em 2019. Eduardo acredita que essa disparidade se deve à questões sociais e culturais. "Os europeus, como é o caso dos britânicos, franceses, alemães e outros povos do norte da Europa possuem forte hábito de leitura e lêem per capta, anualmente, pelo menos o dobro de livros (há países em que esse número chega a várias vezes mais) do que nós. Outros fatores que podem explicar esses números é a condição econômica dos dois países e o acesso à tecnologia. Os britânicos têm o costume de realizar compras on-line muito antes que os brasileiros." Afirma Villela.
De acordo com a pesquisa, em 2020, foram 14,2 milhões de compras on-line na categoria, valor 44% em relação ao ano anterior. Considerando apenas o 2º trimestre, o crescimento foi de 52%. Apesar do crescimento nos pedidos, o faturamento teve uma pequena alta: 4,4%. Totalizando R$2,1 bilhões. Essa pequena alta ocorre, pois houve uma queda no ticket médio gasto nas compras, passando de R$203,38 para R$147,23, o que representando 28% de queda.
Segundo Eduardo Villela, profissional com mais de 16 anos de experiência no mercado editorial, esse crescimento no número de compras on-line de livros se deve a uma mudança no comportamento dos leitores. "O leitor que não estava acostumado a fazer compras on-line, passou a se sentir muito mais seguro com essa modalidade. Outro fator é o tempo que a pessoa economiza comprando pela internet. A ida às livrarias passou a ser muito mais um passeio do que uma necessidade para adquirir livros." Explica o especialista.
Além do crescimento em vendas, a pesquisa também traçou o perfil dos consumidores de livros no Brasil. Dos pedidos de livros, 59% foram realizados pelo público feminino. A faixa etária que mais comprou foram os adultos que estão entre 36 e 50 anos, representando 37% do volume de vendas. A seguir, estão os leitores de 26 a 35 anos e os acima de 51 anos, aparecendo com 36% e 16%, respectivamente. Por fim, os jovens de até 25 anos foram responsáveis por 15% do números de vendas de livros on-line no Brasil.
Esses números representam um otimismo no setor, mas ainda estão muito longe daqueles apresentados em outros países. Por exemplo, no Reino Unido, o crescimento de vendas on-line no 1º trimestre ultrapassou os 400% em relação ao mesmo período em 2019. Eduardo acredita que essa disparidade se deve à questões sociais e culturais. "Os europeus, como é o caso dos britânicos, franceses, alemães e outros povos do norte da Europa possuem forte hábito de leitura e lêem per capta, anualmente, pelo menos o dobro de livros (há países em que esse número chega a várias vezes mais) do que nós. Outros fatores que podem explicar esses números é a condição econômica dos dois países e o acesso à tecnologia. Os britânicos têm o costume de realizar compras on-line muito antes que os brasileiros." Afirma Villela.
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