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Moda e Tendências | Da redação/com Campo Grande News | 30/07/2014 13h44

Primeira "loja gay" da cidade promete peças únicas

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O casal explica que a diferença entre o público gay e héreto não está nas peças em si e sim nos detalhes. O casal explica que a diferença entre o público gay e héreto não está nas peças em si e sim nos detalhes. (Foto: Marcos Ermínio)

Campo Grande (MS) - As marcas de roupas servem em qualquer um, independentemente da orientação sexual. No entanto, os comerciantes Vanessa Velozo, de 31 anos, e Leonardo Cândia, de 35, decidiram que as pólos, camisas, bermudas e calças das araras seriam voltadas para vestir o público gay de Campo Grande. No ramo de vendas há cinco anos, eles amadureceram a ideia desde 2013 para abrir as portas do que vem a ser a primeira loja gay da cidade.

"Viemos estudando o mercado. Eles são pessoas com o gosto apurado, exigentes e que gostam de produtos de qualidade e atendimento diferenciado", explica o proprietário Leonardo. Nas palavras do empresário, os clientes gays seguem mais a tendência da moda europeia e para isso ele investiu em marcas nacionais que concorrem com as grifes do mercado da moda.

A loja trabalha com RGW que tem uma semelhança com a grife Sérgio K, Denúncia que se inspira no estilo Calvin Klein e a Vicinal, todas de produção nacional e com um preço mais acessível. "O que vai custar aí R$ 300 uma pólo. As nossas são metade do preço", compara Leonardo. Nas araras, as peças começam a partir de R$ 74,90.

O casal explica que a diferença entre o público gay e hétero não está nas peças em si e sim nos detalhes. "O que vai diferenciar são alguns cortes à laser, golas em "V". O que não quer dizer que um hétero não possa usar", frisam, além do atendimento.

"O hétero não é muito de experimentar roupa, ele entra, olha e leva, o gay não. Ele quer experimentar, quer ser bem servido. A maioria são pessoas bem sucedidas e que trabalham desde cedo, então viemos com essa novidade de horário também", garante Leonardo. A loja funciona numa galeria na avenida Mato Grosso e atende das 9h30 até 22h, inclusive aos sábados.

Outro cuidado que os donos avisam ter é quanto a repetição de roupas. "Eles se conhecem, vão aos mesmos lugares, então cuidamos para não trazer peças repetidas", conta Vanessa. O estilo da loja atende tanto quem vai para a balada, quanto quem sai para trabalhar e também com uma pequena linha de roupas femininas, no caso para presentear as amigas.

Para não ficarem só nos "achismos", os empresários contrataram Almir Machado, gay e que se apresenta como consultor de gestão.

"Primeiro sou gay, então eu sei que tem que ter um olhar diferente em cima dessa clientela. Muitas vezes os lojistas não têm aquele carisma para com esses clientes, mas antes de sermos gays, somos homens", afirma.

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