Som da Concha 2021 foi encerrado na noite do último domingo 

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Música | Karina Lima - FCMS | 08/11/2021 11h31

Som da Concha 2021 foi encerrado na noite do último domingo

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O show de encerramento do projeto Som da Concha 2021 foi pura emoção. O público compareceu em peso para apreciar o show “Vibrações Eletropercussivas”, de Gustavo Villarinho e Lucas Rosa, e o show UNA, de Erika Espíndola, na noite deste domingo, 07 de novembro.

Logo na abertura, as "Vibrações Eletropercussivas" de Gustavo Villarinho e Lucas Rosa trouxe o som dos tambores tradicionais e eletrônicos, proporcionando uma experiência atípica no cenário musical instrumental de Mato Grosso do Sul. Os dois músicos procuraram unir instrumentos da percussão clássica (usados na música de concerto), da percussão de marcha (de bandas e fanfarras) e da percussão popular (como pandeiros, atabaques), para mostrar que a percussão não é só acompanhamento. “Nós estamos carentes de concertos de percussão em nosso Estado. Queremos mostrar que o valor da percussão não é só acompanhamento”.

A ideia do show foi concebida e o show foi montado durante a pandemia. “A pandemia deu u start nas composições que a gente fez. Nós compomos sempre juntos, concluímos as obras juntos. Buscamos trazer todo o nosso conhecimento para este show, nas vertentes em que a gente atua. Foi intensa a semana de ensaios”, esclarecem os dois músicos.

Ambos começaram seus estudos de percussão em bandas e fanfarras e atuam como professores no Núcleo de Arte e Cultura do Estado (Nuac), além de participar do “Coletivo Vibrações”, interpretando chorinhos. Estavam preocupados em como o show seria recebido no Som da Concha. Para eles, música instrumental e ainda por cima de percussão é algo inusitado, não muito comum aqui no Estado. Mas viram uma criança dançando na frente do palco, e ficaram convictos de que a energia era boa e estavam conseguindo chegar ao público. “A energia foi muito bacana, as pessoas estavam dispostas a fazer esta apreciação do show”.

E por falar em energia, o carisma contagiante de Erika Espíndola levantou o astral do público com suas canções em inglês do seu primeiro disco UNA. “Sempre foi mais fácil me comunicar musicalmente em inglês. Em português não gosto de nenhuma música que fiz, não me chega. E o nome do disco, UNA, se invertermos, temos ANU, que é o apelido de Anunak, uma civilização extraterrestre que se hibridizou com os seres humanos nos primórdios da história da humanidade, segundo os estudos que tenho feito. E Anunak também é o nome de um Deus sumério, juiz da humanidade”.

Sobre encerrar a temporada 2021 do Som da Concha, Erika diz que para ela seria uma emoção tocar no projeto em qualquer momento. “Hoje foi uma emoção atrás da outra. Estava com muita saudade da plateia. Sou uma “carentona”, gosto de gente me ouvindo. A pandemia me deixou mais corajosa. A vida é tão breve, a gente nunca sabe o dia de amanhã. Então, o que eu puder fazer par deixar a experiência mais intensa para quem vai ver o show, eu vou fazer sim”.

A cantora sentiu muita felicidade por ter feito este show na Concha. “Foi uma troca muito intensa com o público. Este show, pelos elementos que a gente colocou, são coisas que chamam a atenção. É normal que a plateia esteja parada, olhando. Eu vi todo mundo olhando mesmo”.

“Este foi um ano desafiador! Eu estou olhando para cada um de vocês, eu sei que cada um tem uma dor, um medo, mas a gente está aqui. É isso o que importa”, disse a cantora para o seu público.

Nas arquibancadas, o publicitário Paulo Henrique e sua amiga, a ilustradora Beatriz Santana, afirmaram que sempre participam dos eventos locais e culturais da cidade. “Aqui em Campo Grande tem muitos eventos. Tem coisa da prefeitura, do Estado. Mesmo com a pandemia tinha as lives. O nosso Estado é referência em vacinação, então estou despreocupada em estar aqui. Além disso tem a parte mental também, a gente já não aguentava mais ficar em casa”.

Os amigos Tandy Júnior, músico, João Bernardo Santos, músico e corretor de imóveis e Jean Santos, baterista, turismólogo e professor, acabaram de chegar de um passeio numa cachoeira e vieram direto para o Som da Concha. “Eu tentei tocar aqui com a minha banda ‘Insana Corte’, mas não fomos selecionados”, diz Tandy.

Todos os três amigos disseram que gostam de ouvir boa música e que estavam já há dois anos sem ter eventos por conta da pandemia. “Como a maioria já está vacinada, e aqui é um local aberto, não tem perigo. Tem que seguir o que a ciência diz. Mas achamos importante continuar as lives para quem não pode vir, mora em outra cidade ou prefere não vir. Ontem eu assisti pelo Instagram porque fiquei com medo da chuva. Os eventos híbridos aumentam a possibilidade de acesso e promoção da cultura no Estado”.

O Som da Concha 2021 vai deixar saudades e com certeza ficará gravado na mente e nos corações do público sul-mato-grossense. Agora é esperar pela edição do ano que vem!

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