Origami | Correio do Estado | 11/01/2017 13h55

Grupo da Capital prepara homenagem a famílias da tragédia da Chapecoense

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Um grupo com 70 voluntários prepara uma homenagem a torcedores e familiares das vítimas do acidente aérea da Chapecoense, que deixou 71 mortos, na Colômbia. A intenção é confeccionar 18 mil tsurus (o mais famoso dos origamis que representa uma ave sagrada na cultura japonesa) para distribuir na Arena Condá, no amistoso do dia 21 de janeiro, entre Palmeiras e Chapecoense.

A ideia é fazer um mosaico com uma corrente de pensamentos positivos antes e, no decorrer da partida, que marcará a volta da equipe catarinense aos gramados, após a tragédia. “Será uma corrente do bem”, explica Lígia Oizumi, coordenadora do grupo.

As dobraduras de papel serão distribuídas na entrada do estádio conforme a chegada dos torcedores. Já para as famílias dos mortos foram reservados 3.001 tsurus - soma das idades das vítimas. “A família que perdeu alguém com 20 anos de idade, receberá 20 tsurus para representar os anos de vida que passaram juntos”, explica Lígia.

Na Capital, são 30 pessoas responsáveis pela confecção de 4.500 tsurus. Para o restante das dobraduras, o grupo espera reunir 1,5 mil novos voluntários. “Estamos recebendo ajuda de outras cidades, Naviraí, Nova Andradina e até de Curitiba (PR) e São Paulo (SP)”, comemora a organizadora.

Depois de prontos, os tsurus serão levados para Chapecó, na carroceria de uma caminhonete. A viagem será feita três dias antes do jogo, com a participação de cinco voluntários. Lá, eles vão encontrar outro grupo que já prestou este tipo de homenagem na Arena Conda, na semana do acidente.

O movimento de Santa catarina “Eu Sou a Paz” realizou ação em outras ocasiões, como na tragédia na Boate Kiss, quando um incêndio matou 241 jovens em Santa Maria (RS). Na ocasião, o grupo enviou 1 mil tsurus para a cidade, em sinal de luto.

Em Mato Grosso do Sul, o ato solidário também não vem de agora. Desde o ano passado, o projeto “1.000 Tsurus por 1 Desejo”, vem levando esperança a pacientes em hospitais.

Quem quiser ajudar o grupo com a homenagem à Chapecoense, pode fazer a dobradura em casa. Uma aula gratuita para aprender a técnica milenar será oferecida no sábado, às 16h (MS), na Associação Nipo Brasileira, na Rua Antônio Maria Coelho, nº 1068. Informações: (67) 98421-1816.

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