Sarau | Da Redação/Com Campo Grande News | 01/02/2014 12h09

Sarau dos amigos reúne dança, música e iteratura

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Seis anos atrás, cinco amigos, um quintal na rua Elvira Matos de Oliveira e uma vontade enorme de fazer cultura onde não tinha, no bairro Universitário, em Campo Grande. O Sarau dos Amigos começou com eles, mas nunca foi só deles. Ganhou proporção à altura do que as artes, dança, literatura, gastronomia e música tem a oferecer. Ultrapassaram os limites do muro e do portão, que na casa 927, sempre estiveram abertos e hoje é feito por todos. Desde o vizinho que mesmo durante o aniversário da mãe, sai da festa para emprestar o cabo para o som, até a dupla Tangará e Zé Viola. É formado pelo público, artistas, vizinhos e por que não, pelo menos àquelas quintas, dizer amigos?

O quintal não é grande em espaço métrico, mas parece se duplicar com a chegada das pessoas. De cara, se vê o local para destinação do que é cobrado na entrada, 1 quilo de alimento não perecível, que vai para as ações sociais dos vicentinos. À esquerda, a fumaça do espetinho, À direita, um dos precursores, o artista plástico Apres Gomes, mostra sua arte.

O corredor tem de tudo, luminárias, garrafas, trabalho artesanal até o pão caseiro da dona Maria José Santos da Silva, de 57 anos, que está ali pela quarta vez. Da costura pulou para a produção de pães e diz pra todo mundo o bem que o sarau lhe faz. “É distração, alegria. Se você tem problema vem pra cá que aqui você esquece”.

Não é só a renda extra que entra a cada sarau. É a energia do local que fez até com que ela resolvesse dar uma palhinha. Ainda não tomou coragem para enfim subir ao palco, mas diz que a música está ensaiadíssima, na ponta da língua. “Você é um negão de tirar o chapéu, da Alcione. Vou vir toda brilhosa, com uma roupa igual a dela”, planeja.

E de uma hora para a outra, sem que a gente perceba, o lugar se enche de gente. Do velho à criança, do músico ao vizinho, a aglomeração no quintal vai tomando a forma de sarau.

O sarau já teve vários convites para se mudar. Instituições chegaram a oferecer espaço. Mas eles não arredam o pé da Elvira Matos de Oliveira. “A gente não quer perder esse encontro no quintal de casa, é isso que mantém a magia gostosa, que aproxima as pessoas”, afirma o dono da casa, Eduardo Romero.

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