Obra retrata o bioma por meio de mitos, lendas e “causos” que permeiam o território que é mundialmente conhecido

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Teatro | Da Redação | 27/09/2022 10h34

Primeira opereta sobre o Pantanal chega ao Sesc Cultura nesta quinta

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O diretor teatral Breno Moroni e o maestro Eduardo Martinelli formam parceria inédita em obra que retrata as riquezas culturais do Pantanal, por meio do teatro e da música clássica.

Depois da estreia com o teatro Glauce Rocha lotado, a Opereta Pantaneira chega, agora, ao Sesc Cultura, no centro de Campo Grande. A apresentação será na quinta-feira (29), às 19h30, no Átrio do espaço cultural, e os ingressos serão distribuídos meia hora antes da sessão.

Considerada a primeira opereta sobre o Pantanal, a obra retrata o bioma tendo por ponto de partida os mitos, lendas e “causos” que permeiam este território que é tão conhecido mundo afora.

Para compor o enredo da trama são utilizados os recursos do teatro e da música de concerto, o que classifica o trabalho como uma opereta - um gênero mais curto e leve do que uma ópera original. Um convite ao público para se aproximar do universo das partituras, mesclando o erudito ao popular.

Da dramaturgia ao enredo musical, tudo parte da criatividade dos artistas envolvidos no espetáculo, como explica o diretor teatral, Breno Moroni. “Trata-se de um trabalho totalmente inédito, com texto de minha autoria e música composta por Martinelli e seus artistas. O texto teatral que existe na obra, escrevi há mais de dez anos quando estava em Lisboa, Portugal. A ideia veio dessa vontade de falar do Pantanal de um modo que se a gente for apresentar no Japão, por exemplo, a pessoa vai entender, se encantar”. Um modo ousado de experimentar um dos muitos formatos do fazer teatral. “O teatro se manifesta de diversas formas, mas, algumas são pouco experimentadas no Estado. A opereta é uma delas, razão que nos motiva a mergulhar neste trabalho”.

Outro grande diferencial do espetáculo é a sua carga musical que conta não apenas com arranjos autorais como, ainda, oferece ao público o privilégio de apreciar, ao vivo, a performance da Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande . No palco, estarão 11 músicos, incluindo o maestro Eduardo Martinelli, que trocará a batuta pelo violão para tocar ao lado dos colegas.

“Apenas a última música não é inédita. Todas as outras são criações autorais, desde as canções até as partes instrumentais”, garante Martinelli. Um espetáculo que encontrou o ritmo rápido graças a fluidez e experiência de toda a equipe. “O trabalho ganhou o formato de uma ópera que é contar uma história cantando. Antes disso, estava com uma cara de teatro musical, onde as canções ficavam em segundo plano. A parte da música se transformou e, agora, a orquestra é protagonista, assim como os três atores em cena”.

A voz é outro elemento que ganha destaque, em cena, com a atuação e o canto dos três atores: Fernando Lopes, Melissa Azevedo e Marta Cel, junto da orquestra. Em meio ao texto e partituras, todos ganham seu papel cênico.

Na Opereta Pantaneira, o elenco tem seu percurso narrativo inspirado em gêneros musicais como Cururu do Pantanal, modas de viola caipira, músicas indígenas, andinas, guarânias paraguaias, que conduzem a trama onde os personagens contam e cantam histórias de amor, de terror, de magia e encantamento sob a imensidão do céu do Pantanal.

A Opereta Pantaneira ainda conta, na direção de arte, com o trabalho de Haroldo Garay, figurino de Tiana Sousa, iluminação Luiz Sartomen, produtora Carol Garcia, Projeto Gráfico e Fotografia Altair dos Santos, Produção de Vídeo Tero Queiroz, a participação do bonequeiro Wilson Motta, que confeccionou dois tuiuiús, especialmente, para o espetáculo e a tradutora de libras Karen Martins, que participa devidamente caracterizada com trajes típicos de uma lavadeira de beira de rio.

Do popular ao erudito, a trilha do espetáculo contou com o talento dos artistas Eduardo Martinelli, Rodrigo Faleiros e Ivan Cruz, que será executada, ao vivo, por integrantes da Orquestra Sinfônica de Campo Grande, sendo os seguintes músicos: Gleison Ferreira e Fábio Canela (violinos); Emanuel Caramaschi (viola); Marcelo Gerônimo (violoncelo); Jorge Cáceres (contrabaixo); Phillip Andara (flauta); Gabriel Domingues (fagote); Eduardo Martinelli, Rodrigo Faleiros e Ivan Cruz (violão, viola caipira, viola de cocho, percussão e charango) e Maria Rita Oliveira (piano).

O Sesc Cultura fica situado na Avenida Afonso Pena, 2270, próximo a Praça Ary Coelho.

Serviço

Data: 29 de setembro (quinta-feira)

Horário: às 19h30

Local: Sesc Cultura - Avenida Afonso Pena, 2270, centro de Campo Grande

Entrada Franca - com distribuição de ingressos 30 min antes do espetáculo

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