A edição on-line do Festival Mais Cultura abriu a noite da última sexta-feira com a apresentação da peça “Cordel do Amor sem Fim”, dirigida pelo professor Fernandes Ferreira, do curso de Teatro da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), e com atuação do Grupo Arrebol Cultural.

Com transmissão pelo canal da TV UFMS, a live teve a participação das atrizes Rafaela Oliveira, Jeannie Maria e Flávia Alarcon, que interpretaram as protagonistas do espetáculo. Participaram ainda o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes, o professor Fernandes Ferreira, e também os convidados Natan Soares e Marcos Vinícius Perez, responsáveis pela sonoplastia e narração do espetáculo, respectivamente.

Com texto de Cláudia Barral, a peça já foi exibida em vários lugares do Brasil e do mundo, com montagens em São Paulo e nos Estados Unidos. No ano passado foi a vez da Cidade Morena receber o espetáculo, que também percorreu outras cidades do estado. A obra conta a história das irmãs Carminha (Jeannie), Madalena (Rafaela) e Tereza (Flávia), que vivem na pequena e tranquila Carinhanha, às margens do Rio São Francisco. Em um belo dia, Tereza, a mais sonhadora das irmãs, apaixona-se por um viajante misterioso chamado Antônio. A partir daí a trama vai se desenvolvendo entre a espera de Tereza pelo retorno do seu amado, e os dilemas de Madalena e Carminha que passam a viver na expectativa de uma mudança repentina em suas vidas.

Antes da apresentação, o elenco compartilhou um pouco das suas vivências no projeto. Após uma breve fala do pró-reitor, o professor Fernandes agradeceu o espaço e ressaltou a importância do evento no incentivo à cultura. Segundo ele, “não tem nada melhor do que ir ao teatro às sextas-feiras”, e encerrou agradecendo a organização do festival por proporcionar esta experiência, mesmo que de maneira remota.

Emocionada, a atriz Jeannie Maria falou sobre os impactos do projeto em sua vida e em sua carreira, e também sobre a importância do elenco na construção de sua personagem. Já Rafaela relatou que sua personagem abriu seus horizontes sobre o poder transformador da arte, e em como ela proporciona ao artista experimentar e vivenciar sensações na pele de outra pessoa.

A atriz Flávia Alarcon comparou a trajetória de sua personagem Tereza com a atual situação trazida pela pandemia, onde o “esperar” precisou ser ressignificado. Segundo Flávia “todos nós estamos vivendo à espera do melhor que sempre está por vir assim como Tereza esperava ansiosamente o retorno de seu amado Antônio”.

“Arrepiante”, “Coisa linda” e “Saudade da gota serena” foram algumas das expressões que os espectadores escolheram para definir os sentimentos e sensações provocados pelo espetáculo.