Teatro | Da redação | 26/02/2018 15h49

UEMS de Amambai recebe espetáculo 'Mborahéi Rapére – Pelas trilhas do canto' nesta segunda-feira

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O Grupo Teatral Veraju apresenta o espetáculo “Mborahéi Rapére – Pelas trilhas do canto” nesta segunda-feira (26), às 19h, na Unidade da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em Amambai.

O espetáculo “Mborahéi Rapére – Pelas trilhas do canto” é um mergulho vivencial na cultura indígena, através da música. É uma releitura de cantos indígenas, em especial os dos Guarani e Kaiowá, explorando suas diversas possibilidades harmônicas, rítmicas, melódicas e cosmológicas, razão pela qual o trabalho cênico-musical se desenvolve também com base em mitos e danças indígenas, considerados tradicionais pelas comunidades. Seus desdobramentos cênicos integram as linguagens do circo, do teatro e da performance. A percepção Guarani e Kaiowá da realidade está presente do começo ao fim do espetáculo e introduz o público aos caminhos da palavra-cantada, a seus símbolos e significados, a suas reinvindicações e a sua beleza. Este caminho principal abre-se para acolher outros caminhos, os dos cantos dos grupos étnicos Mbya, Huni Kuin, Shipibo e Kraho.

O projeto surgiu a partir do interesse de artistas, docentes e estudantes em se aproximar da arte indígena local. O encontro e a partilha entre estas pessoas e as comunidades indígenas Guarani e Kaiowá de Dourados e Douradinha mostrou-se bem produtivo, pois inspirou uma profícua criação cênico-musical a partir das matrizes culturais desses povos em diálogo com a do grupo proponente. Essa ação compartilhada resultou num espetáculo situado na interface entre a aldeia e o palco.

Além do aporte das mestras tradicionais das comunidades indígenas, o grupo contou neste processo com a orientação da antropóloga e musicista Graciela Chamorro, da etnomusicóloga Magda Pucci e da artista Arami Marschner, que possibilitaram ao grupo uma introdução ao conteúdo dos cantos e a etnomusicologia aplicada aos cantos indígenas, bem como a orientação técnica para a criação de arranjos vocais e instrumentais e movimentação cênica, que amadurecidos resultaram no espetáculo.

Mesmo contando com essa condução profissional, o espetáculo é resultado de uma ação colaborativa, pois efetivamente cada integrante contribuiu com seu conhecimento e sua sensibilidade para ir definindo a linguagem do espetáculo.

O espetáculo é realizado com o apoio do Fundo de Investimentos Culturais - FIC-MS, em parceria com a UEMS.

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