Com foco no turismo de eventos, Campo Grande lança Avistar 2018
Andar por Campo Grande e se deparar com araras, tucanos e outras aves é comum. Isso porque somente na capital já foram catalogadas mais de 350 espécies diferentes de aves. Inclusive, raras e ameaçadas de extinção. Campo Grande já é reconhecida como a Capital do Turismo de Observação de Aves, e neste sentido, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), em parceria com o Instituto Mamede, Instituto Arara Azul e Clube de Observadores de Aves de Campo Grande (COACGR), lançou nesta quarta-feira (24) o Avistar Campo Grande 2018.
O evento movimentará a cidade em diversos aspectos, uma vez que trará para a Capital observadores de aves, profissionais do trade, ambientalistas, estudantes, pesquisadores entre outros.
Um dos pontos importantes do evento, concluiu o prefeito Marquinhos Trad é trabalhar pela conservação. “O que vocês estão fazendo para nossa cidade é o que talvez, o que vai garantir, que nossos netos, bisnetos possam ver uma arara como a gente vê. Se vocês buscarem as 27 bandeiras das capitais do país somente duas têm aves, e a nossa está no centro. Voando para o alto, uma águia. Para a gente cuidar da nossa cidade”, disse Marquinhos.
A 13ª edição da maior feira de observação de aves da América Latina (Avistar) acontecerá nos dias 23,24 e 25 de novembro, no Museu das Culturas Dom Bosco, localizado no Parque das Nações Indígenas, uma das maiores áreas verdes situadas dentro de um centro urbano do mundo.
Já a secretária municipal de Cultura e Turismo, Nilde Brun, ressaltou a importância do evento para fomentar o turismo. “Temos trabalhado de forma bastante incisiva o Plano municipal de Turismo, o plano é nossa cartilha. E essa ação de hoje, o lançamento do ‘Avistar Campo Grande 2018′ é o retrato da dedicação do trabalho que temos feito. O plano foi construído com as universidades, com o trade, com grandes parceiros do turismo de Campo Grande. Estamos mostrando o quanto estamos nos destacando no cenário nacional. No plano, detectamos que o turismo de evento e negócios é o grande catalisador do fluxo de pessoas para nossa cidade”, disse.
Somente neste ano, mais de 20 mil visitantes passaram por Campo Grande, para o próximo ano, a Sectur espera dobrar o número de turistas. Para isso, vem trabalhando com o turismo gastronômico, turismo rural, turismo cultural e o turismo ecológico, como o Avistar Campo Grande.
Sócia-diretora do Instituto Mamede, Simone Mamede, pontuou que o Avistar também é um e momento de contemplação, de celebração das aves, da vida, mas uma conquista para Campo Grande. “As pessoas que vão para Bonito, para o Pantanal e para outros destinos hoje permanecem em Campo Grande para observar aves e isso é uma conquista de muitos que lutam por esse ideal, que turismo de observação, de contemplação. É uma forma de gerar renda conservando”, frisou.
Campo Grande começou com 9 pontos de observação e depois aumentou para 12. Hoje, após estudos com georreferenciamento, com apoio da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), foram catalogados 30 pontos de observação. A Rota Birdwatch usada pelos turistas.
“É a pesquisa subsidiando as políticas públicas”, emendou Mamede.
Outro ponto importante para este turismo são os parques onde estão os pontos de observação. Katiuscia Balbuena Coene, guarda parque do Parque Estadual do Prosa, contou que a responsabilidade é muita grande em manter tudo adequado para fomentar o turismo. “A gente precisa ter as unidades de conservação acessíveis para estar recebendo as pessoas que fazem a observação de aves. Ao mesmo tempo em que vocês trabalham pelo turismo, nós temos essa responsabilidade. As unidades de conservação estaduais são os parques estaduais do Prosa e o Mata do Segredo”, explicou.
Para se ter uma ideia da importância de todo esse trabalho, somente no Brasil há 100 mil observadores de pássaros. Nos Estados Unidos, esse números chega a 40 milhões, e destes, 12 milhões viajam pelo mundo para observar as aves, informou Geancarlo Merighi – diretor de Desenvolvimento do Turismo e Mercado da Fundtur-MS
Já Elisa Mense, diretora-executiva do Instituto Arara Azul, lembrou que a instituição de pesquisa vem aliando o turismo de observação à educação, à sensibilização como uma ferramenta para poder utilizar os dados científicos e transformá-los de forma adequada a população e levá-los ao conhecimento de todos.
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