Mato Grosso do Sul é referência do Ecoturismo brasileiro
Vai longe o tempo em que o turista escolhia o Estado com objetivo específico: pescar e levar para seus destinos de origem alguns das 300 espécies da Bacia do Pantanal. Um dos fatores que mudou esta realidade foi uma novela de grande sucesso chamada Pantanal, veiculada na TV Manchete nos anos 1990 responsável por mostrar toda a natureza exuberante, além dos usos e costumes pantaneiros. A influência foi tamanha que poucos anos depois, proprietários de grandes fazendas resolveram transformar suas sedes em Pousadas para receber hóspedes que buscavam uma experiência. Era o início do ecoturismo, modalidade que atrai em média mais de 500 mil visitantes por ano.
Um dos pioneiros nesta modalidade, o senhor João Venturini, dono de quatro propriedades em Bonito e região, diz que o destino é Bonito/Pantanal. “Quem vai à Bonito acaba indo conhecer o Pantanal e vice-versa”, atesta o empresário que há 47 anos está no ramo do ecoturismo. Seu primeiro empreendimento, conhecido como Passo do Lontra, hoje conta com uma base de pesquisa da UFMS, a Base de Estudo do Pantanal que tem, inclusive parcerias com entidades estrangeiras.
Segundo dados do Observatório do Turismo entre outubro de 2018 e agosto de 2019 desembarcaram no aeroporto de Campo Grande 891.295 turistas, significando um aumento de 5% no crescimento do setor. E a tendência é de crescimento. Vir a Mato Grosso do Sul não é fazer apenas mais uma viagem. É buscar uma experiência única. Afinal somos o único Estado brasileiro que possui quatro biomas: cerrado, chaco paraguaio, pantanal e Mata Atlântica. De acordo com o diretor-presidente da Fundtur – Fundação de Turismo de MS, Bruno Wendling, a identidade turística de Mato Grosso do Sul é formada pelos principais ativos naturais e culturais, que passa pelos principais destinos que possuem estes atrativos. “Bonito e Pantanal são a vitrine do Estado”, diz.
Ecoturismo
O ecoturismo”, segundo ele, se desdobra em outras atividades como turismo de aventura, turismo de observação, contemplação de aves, safáris, hotéis fazenda no Pantanal, pesca esportiva, todos abarcados à natureza. A cultura pantaneira, na opinião de Wendling, turismólogo por formação, é a base diferencial e competitiva dos nossos produtos de ecoturismo. “Vivenciar o dia a dia do homem pantaneiro, seu trabalho, costumes e gastronomia é algo único e exclusivo”, afirma.
O turista que chega ao Estado sabe que vai encontrar um destino com atributos singulares. Afinal temos um bioma extraordinário que é o Pantanal, com 85% de área preservada, aliado à beleza e águas cristalinas da região de Bonito e Serra da Bodoquena, na soma dos parques na região da Rota Norte, agora chamado de Rota Serrado Pantanal e agora focado em esportes de aventura. Não por acaso, Bonito e Campo Grande foram palcos de uma das mais importantes competições esportivas o Rally dos Sertões. Campo Grande, aliás, é uma capital verde, que consegue entregar também atributos da natureza com estrutura e oferta que atende perfeitamente a demanda turística.
Voando mais alto
Com o crescimento de turistas obtido em 2018, o Estado segue realizando transações para expandir a malha aérea, dentre eles, há negociações para retomar o voo diário com direção a Foz do Iguaçu e também, conversas com uma lowcost chilena. Segundo dados do Anuário 2019 do Observatório do Turismo de MS, a Bolívia é o maior mercado emissor internacional do Mato Grosso do Sul por via terrestre com 55.041 visitantes em 2016, 62.251 em 2017 e 57.753 em 2018.
“Como destino de experiência e exclusividade temos grande chance de despontar neste cenário, somado a promoção de atuação segmentada com foco”, explica Wendling que também aposta na nova rota Cerrado Pantanal para atrair mais turistas. Ele também espera que os parques estaduais ganhem mais infraestrutura e sejam concessionados com iniciativa privada. “O futuro é bem promissor, principalmente com as ações que estão sendo feitas pelo atual Governo”, festeja. E como a propaganda é a alma do negócio, a Fundtur tem participado ativamente das principais feiras de turismo, levando as belezas do Estado para o Brasil e o mundo, sempre acompanhado de parceiros e empresários do setor. Afinal, em matéria de economia, turismo é uma indústria sem fumaças e fonte de renda que só tende a crescer. “Estamos num momento muito especial, com grandes chances de aumentar a oferta turística do MS para outras regiões, fator importante não só para a nossa imagem turística, mas também para o aumento do impacto do turismo na economia local”, finaliza Wendling.
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