Uncategorized | Da redação | 15/12/2016 15h06

Presidente do Fórum de Cultura critica calote a fundos

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A sessão ordinária desta quinta-feira (15) contou com a participação do presidente do Fórum Municipal de Cultura, Airton Raes, que fez uso da Tribuna para tratar do não pagamento, por parte da Prefeitura, dos fundos culturais.

A convite do vereador Chiquinho Telles, Airton disse em Plenário que “Campo Grande é vanguarda em relação à legislação para a cultura. Primeira cidade do país a possuir um Plano Municipal de Cultura. O Movimento 1% para a Cultura foi um marco nessa cidade. Entretanto, nos últimos três anos, ocorreu um processo de sucateamento da cultura de Campo Grande. A cultura levou calote de dois prefeitos diferentes. Pela segunda vez consecutiva a cultura irá levar o calote nos fundos municipais de cultura”, alegou.

Em seu pronunciamento, Airton cobrou o cumprimento da Lei n° 4.079, de 29 de setembro de 2003que criou o Fundo Municipal de Incentivo à Cultura e da Lei n° 4.453, de 27 de março de 2007, que criou o Programa de Fomento ao Teatro.

De acordo com o representante da cultura, “nesses 13 anos, os fundos foram responsáveis pela execução de 760 projetos, responsáveis pela criação de 500 mil empregos, levando arte e cultura de forma gratuita para a população de Campo Grande. Com os calotes dos fundos culturais de 2014 e 2016, deixaram de ser criados seis mil empregos, deixou de circular dinheiro na economia. O calote afeta toda a cidade. Sem esses investimentos, 400 mil campo-grandenses deixaram de ter acesso à cultura”, disse.

Airton afirmou ainda que “o calote abre um precedente perigoso na administração pública da Capital. Com o calote na cultura, se dá brecha para o calote no esporte. Em seguida, não irão pagar assistência social. Em seguida darão calote no Fundo Municipal de Investimentos Sociais. Depois saúde e assim por diante. Em qualquer área, que qualquer gestor tenha o interesse de não pagar, por qualquer motivo. Isso tudo porque começou o calote na cultura”, avaliou.

Por fim, Airton destacou que “a falta de investimento em cultura deixa a cidade mais violenta. Investir em cultura é economizar em segurança pública. A cada real investido em cultura, são R$ 4,00 economizados em saúde. A cultura ajuda na educação das crianças e adolescentes”, reforçou.

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