Artista plástico Daltro Jr. inaugura mural em Dourados

VEJA MAIS

• Tronco de árvore no Centro de Campo Grande dá vida a Bugrinho
• Exposição “Se São João Soubesse” segue aberta ao público no MUHPAN
• Projeto Arte no Paço com obras de D'Bravo segue até dia 18

O artista plástico corumbaense Daltro Jr, inaugura nesta quinta-feira (27), ás 18h, o mural “Polimorfia Fronteiriça”, que foi produzido no saguão do prédio da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), unidade II.


Daltro explica que a arte feita em acrílico sobre mural de 5,60xpor 5,90. “A obra retrata de forma crítica as pecularidades da fronteira Brasil com Paraguai e Bolívia como a perda de identidade dos povos indígenas, a agropecuária, a disputa por terras envolvendo fazendeiros e índios e o ciclo da erva mate”, ressalta Daltro.


Desde 2010, uma comissão de professores da UFGD, liderados pelo professor Losandro Tedeschi, do curso de História, tinha a intenção de produzir um mural, destacando a contribuição para a sociedade dos cursos de Ciências Humanas (História, Geografia, Ciências Sociais e Psicologia). Os traços firmes de Daltro e suas obras que destacam por fidelidade e realismo, foram fatores decisivos para selar a parceria com a Universidade em Dourados.


O mural “Polimorfia Fronteiriça” começou a ser produzido em maio e levou uma semana, para ficar pronto. Na ocasião, Daltro contou com o auxílio de três ajudantes na movimentação dos andaimes, dando forma e cores aos traços iniciais.


“Mas a obra transcendeu a relação artista/parede: Daltro e seus ajudantes eram mirados por todas e todos que passavam pelo saguão, e os diálogos entre sujeitos “expectadores” e parede “espreitada” iam sendo mediados por Daltro, que se dispôs a passar horas e horas interagindo com olhos famintos de arte, conversando sobre o mural, sobre outros murais (como os de Diego Rivera), sobre outras artes, sobre outras vidas, sobre o mundo inteiro...


E em uma semana o que era parede fez-se existência plena de significados em multiplicidade. Ali, agora, cada olho e olhar reflete o mural “Polimorfia Fronteiriça”, avalia o professor de Geografia, Jones Dari Goettert.