Nesta quinta-feira, o Em Casa com Sesc recebe o solo "Oxalá,bailarino"
Nesta quinta-feira (22), o Dança #EmCasaComSesc recebe Djalma Moura, artista da dança e diretor do Núcleo Ajeum, com o solo "Oxalá, bailarino", direto de São Paulo. O processo da obra surge em meio a tentativas de se manter consciente sobre a realidade do mundo em que vivemos, dialogando com a busca de equilíbrio entre calma e conflito.
Inspirado na divindade africana Oxalá - a primeira a dançar na terra -, "Oxalá, bailarino" traz na construção de sua gestualidade o exercício da paciência, da calma e da criatividade enquanto proposição para uma solidariedade dos sentidos, que reelabora modos de ser e de estar em situações de conflito mental, físico e espiritual. O movimento para gerar a paciência reverbera na musicalidade que, por consequência, pode gerar calma ou conflito. Ambos os sentidos dotados de bruta criatividade e flexibilidade. O que pode o bailarino alado dançar para equilibrar os sentidos? Após a exibição, acontece um bate-papo com Djalma Moura, que responde às perguntas enviadas pelo público no chat do Youtube e aborda o processo criativo do Núcleo Ajeum, que resultou no documentário "AJEUM: do preparo à partilha". Classificação indicativa: 14 anos.
Djalma Moura é artista da dança, bailarino e diretor. Criou o Núcleo Ajeum, no qual desenvolve pesquisas em dança a partir das cosmovisões africanas e afro-brasileiras, além dos seus espetáculos. Lançou em 2019 a primeira edição da "Revista Ajeum", que aborda o processo de criação de três obras do núcleo e a importância de registrar as memórias artísticas e históricas. Atuou como intérprete-criador e assistente de direção na Cia. Sansacroma, sob direção de Gal Martins, e intérprete-criador na Cia. Carne Agonizante, sob direção de Sandro Borelli. É cocriador do Coletivo Desvelo, que desenvolve trabalhos para espaços urbanos, e arte-educador nos programas Vocacional e Fábricas de Cultura.
O Núcleo Ajeum é um coletivo de dança contemporânea, sediado na zona sul de São Paulo, entre Jardim São Luís e Capão Redondo. Pesquisa as complexidades do corpo negro e suas cosmovisões de mundo, investigando o universo pluridimensional dos terreiros, as liturgias africanas e afro-brasileiras. Neste processo, tem se interessado nas transformações corporais e emocionais que estes espaços de celebração e resistência negra dão as incorporações, aos transes e ao corpo que se manifesta no coletivo. As obras coreográficas do grupo têm sido criadas a partir da conexão entre fisicalidade e emoção, onde o corpo das danças negras dos terreiros são ressignificados em suas múltiplas possibilidades de descoberta pela dança contemporânea.
#EMCASACOMSESC
A série #EmCasaComSesc teve início em abril de 2020, com um conjunto de transmissões ao vivo das linguagens de Música, Teatro, Dança, Crianças e Esporte - que somaram 13,5 milhões de visualizações, até dezembro do ano passado, no total de 434 espetáculos. Para conferir ou revisitar o acervo completo disponível, acesse: youtube.com/sescsp.
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