Turismo | O Estado MS | 16/01/2017 11h12

Setor estima que demanda por viagens deve crescer 10% em 2017

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O ano é promissor para empresários do setor turístico de Mato Grosso do Sul. A demanda por viagens e vagas em hotéis já é grande nas agências neste início de ano, com turistas se antecipando nas reservas até mesmo para datas mais distantes, como a Semana Santa, é o que indica o proprietário da Impacto Operadora de Ecoturismo, Ney Gonçalves. Segundo ele, a procura é alta até mesmo para períodos sem feriados. “Acredito que a demanda por viagens de lazer deve crescer em torno de 10% este ano. Parece um número pequeno, mas é significativo em termos de crescimento”, destaca.

“Estamos com boa expectativa para 2017. Será um ano de retomada, e o ponto forte serão destinos dentro do Brasil, como Pantanal e Bonito”, aponta o empresário, que faz parte do conselho fiscal da Abav/MS (Associação Brasileira das Agências de Viagem). Ele frisa também que, a partir de março, os voos diários Campinas-Corumbá e Bonito-Campinas vão fortalecer o turismo interno.

“A expectativa é muito grande em relação aos feriados prolongados. 2016 não foi um ano bom em termos econômicos, mesmo com todos os feriados”, avalia Gonçalves, acrescentando que, diferentemente do réveillon, faltam vagas em hotéis de Bonito para o carnaval. Além disso, vagas em hotéis para a Semana Santa (abril) começam a ficar bastante disputadas.

“Turistas que vêm de outros estados geralmente vão para esses lugares [Bonito e Pantanal], é o que chamamos de turismo consolidado. Quem é daqui, de Campo Grande por exemplo, quer algo mais alternativo”, comenta o empresário.

Neste caso, as agências oferecem opções como Bodoquena, Jardim, Três Lagoas, assim como Ponta Porã (turismo de compra) e Paraguai, com opções de lazer.

Feriados vão injetar R$ 21 bilhões na economia brasileira este ano

As viagens nos fins de semana prolongados por feriados que caem na segunda, terça, quinta ou sexta-feira, vão injetar R$ 21 bilhões a mais na economia brasileira em 2017. A projeção é do Ministério do Turismo, que considerou, no levantamento, um acréscimo de 22 dias de folga, quando 10,5 milhões de viagens deverão ser realizadas. Foram excluídos do cálculo o Carnaval, a Semana Santa, o Natal e o Réveillon, períodos de alta movimentação nos aeroportos, rodoviárias e rodovias.

Os números reforçam a vocação do turismo para ajudar no desenvolvimento econômico e na geração de emprego do país, disse o ministro do Turismo, Marx Beltrão. “Enquanto diversas atividades demonstram preocupação com os fins de semana prolongados em 2017, o setor de viagens se prepara para faturar”. De acordo com o levantamento, o feriado que deve gerar o maior impacto é o Dia de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), quando 1,94 milhão de viagens movimentarão R$ 3,9 bilhões na economia.

Também foram considerados no estudo os feriados de 21 de abril (Tiradentes, sexta-feira), 1º de maio (Dia do Trabalho, segunda-feira), 15 de junho (Corpus Christi, quinta-feira), 7 de setembro (Independência do Brasil, quinta-feira), e 2 de novembro (Finados, quinta-feira). O levantamento foi feito pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Em 2015, previsão similar foi realizada e, na ocasião, foi verificado que os feriados movimentariam R$ 18 bilhões.

Segundo o presidente da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagem), Edmar Bull, as empresas do segmento já começaram a sentir o impacto dos feriados com o aumento na procura por pacotes de viagens. A entidade estima que a demanda por viagens de lazer em 2017 deverá crescer entre 8% e 14%. “Os brasileiros vão poder viajar mais, gastando menos, porque uma das vantagens da ocupação pulverizada ao longo do ano é o maior equilíbrio na equação oferta x demanda, o que impacta diretamente na composição das tarifas aéreas e hoteleiras”, comentou.

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