Sessenta anos sem "Monteiro Lobato"
Nem parece que já faz 60 anos que o Brasil perdeu um de seus maiores escritores, o famoso “Monteiro Lobato”. Conhecido por assinar a fábula “O sítio do Pica-pau Amarelo”, o escritor José Bento Monteiro Lobato, nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Mamou até os 5 anos de idade, teve caxumba aos 9 e sarampo aos 10. Gostava muito de ler. Seus livros prediletos eram Carlos Magno e os doze pares de França, Robinson Crusoé, e Júlio Verne. Lobato formo-se em Direito e atuou como promotor público até tornar-se fazendeiro, após receber uma herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em “Urupês”, considerada uma verdadeira obra-prima. O escritor sempre foi um amante da cultura brasileira e não via a necessidade de uma nação tão rica em palavreados adotar modismos estrangeiros. Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris e na Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis. Todas as obras do escritor tem uma forte conotação política. Sem filiar-se oficialmente a organizações ou partidos, Lobato esteve presente nos debates sobre os problemas nacionais e nunca deixou de opinar sobre os assuntos que afetavam a vida do país. Seus primeiros artigos na grande imprensa saíram no jornal “Tribuna de Santos”, em 1909 e no Correio Paulistano. A partir de 1913 já fazia parte do jornal “O Estado de São Paulo” e, em 1916, tornou-se colaborador da “Revista do Brasil”. Em 1920, Lobato criou a editora “Monteiro Lobato e Cia”, que mais tarde publicaria o livro didático “Narizinho Arrebitado”, que teve tiragem de 50 mil exemplares. Com este impulso, Lobato passou a criar vários livros voltados para a literatura infantil, mas também é autor de literatura para adultos. Em 04 de julho de 1948, o escritor que entendia o universo das fábulas faleceu vítima de um acidente vascular, agora a mente brilhante de Lobato estava imortalizada em suas obras. Hoje as pessoas podem não conhecer a história de vida deste artista, mas basta falar em “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, que a sua obra se faz a mais conhecida do Brasil. O site Ensaio Geral, homenageia a memória do escritor “Monteiro Lobato”, por ser um dos contribuintes diretos da Cultura brasileira. Fonte: Site Projeto Memória Por Gilzânio Rodrigues
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